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Release das Propostas aprovadas no Evento. Pró-Reitoria da Extensão - PROEX

  • Publicado: Sexta, 25 de Setembro de 2015, 19h57
  • Última atualização em Sexta, 25 de Setembro de 2015, 20h11
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A Pró-Reitoria de Extensão do Instituto Federal do Pará (IFPA) divulga a aprovação de 2 propostas de Experiência Exitosa na REDITEC. A Reditec é um evento anual, promovido pelo Conselho Nacional das Instituições da Rede Federal de Educação Profissional, Científica e Tecnológica (Conif) e pela Secretaria de Educação Profissional e Tecnológica (Setec). A qual promove debates sobre as políticas, os desafios e os rumos da educação profissional e tecnológica no Brasil e é realizada há 38 anos.

Este ano, a XXXIX edição da Reunião dos Dirigentes das Instituições Federais de Educação (Reditec) será realizada entre os dias 20 e 23 de outubro de 2015, em Fortaleza, sob a organização do Instituto Federal do Ceará (IFCE). A edição 2015 do encontro terá como tema “A Expansão da Rede de Educação Profissional e Tecnológica alinhada ao Plano Nacional de Educação (PNE) - 2014/2024”.

A Mostra de Experiências Exitosas é um espaço de compartilhamento das boas práticas que cada instituição da rede federal de educação profissional e tecnológica desenvolve nos eixos de ensino, pesquisa aplicada ou inovação, extensão e gestão administrativa. Ao todo, foram selecionadas 20 experiências exitosas, divididas igualmente entre cada um dos quatro eixos.

No IFPA foram aprovados dois trabalhos de Experiências Exitosas, sendo eles:

 

1 - NEAB - Indutor de Inovação Tecnológica campus Belém, da Professora Helena do Socorro C. da Rocha.

 

2 - Culturarte – festival artístico cultural do IFPA – Campus Itaituba, dos professores Eliana da Silva Coelho Mendonça e Anderson Fortaleza.

 

1- A Proposta “NEAB - Indutor de Inovação Tecnológica” faz parte do O Núcleo de Estudos Afrobrasileiros (NEAB) do IFPA campus Belém em parceria com a Coordenação do Curso de Especialização em Educação para Relações Etnicorraciais e com as Coordenações dos Cursos de Formação de Professores que investe desde 2012 na produção de Tecnologias Educacionais, que configura-se como uma produção interdisciplinar, envolvendo todas as disciplinas constantes nos Projetos Pedagógicos dos Cursos, fornecendo subsídio teórico para o trato com as diversidades etnicorraciais em sala de aula. Recontextualizando o saber atribuido a ele um significado e o transformando em objeto de ensino. Isso autoriza o professor e possibilita a realização de uma transposição didática do saber a ensinar para o saber ensinado adequadamente como também torna possível resgatar a contextualização histórica da produção do saber sábio, diminuindo o excesso do artificialismo e neutralidade no saber a ensinar.

Uma Tecnologia Educacional, enquanto mediador semiótico, tem por objetivo aproximar a simetria invertida e a transposição didática transformando e moldando objetos de conhecimento ou objetos científicos em objetos de ensino, facilitando a assimilação de saberes científicos e interligando-os à realidade dos alunos.

Esta é mais uma tentativa epistemológica e, porque não dizer, um ensaio acerca das práticas realizadas pelo NEAB nos Cursos de Formação de Professores Inicial e Continuada do IFPA campus Belém no que tange a um entendimento maior dos processos que envolvem a utilização de Tecnologias Educacionais enquanto mediador semiótico na transposição didática descrevendo as transformações pelos quais passam os conteúdos específicos até se tornarem objetos de ensino.

A proposta é fruto da inter-relação entre a instituição formadora de professores e os alunos dos cursos de Licenciatura e, mais precisamente, do NEAB.

A produção de Tecnologias Educacionais na perspectiva da Inovação Tecnológica é aplicada através do Curso de Especialização em Educação para Relações Etnicorraciais com uma disciplina, cujo conteúdo permite a concepção dessa intervenção na Educação Básica e sua utilização dentro dos cursos de Licenciatura através das disciplinas do Núcleo Pedagógico. É possível na formação inicial e continuada inovar tecnologicamente através de produção de protótipos de Tecnologias Educacionais e sua aplicação na Educação Básica.

 

  1. 1 A experiência do NEAB para o trato com Educação para as Relações Etnicorraciais na Pós-Graduação

Como produto da disciplina Metodologia aplicada à Educação para Relações Etnicorraciais na sala de aula, que faz parte do desenho curricular do Curso de Especialização em Educação para Relações Etnicorraciais, ocorreu no período de 20 a 22 de novembro de 2012, dentro do IV Seminário de Diversidades e Questões Etnicorraciais, a I Mostra de Tecnologias Educacionais: recursos metodológicos para o trato com ERER.

Os Protótipos expostos trouxeram como foco central a desmistificação da África negativa, revelando saberes sobre povos, culturas, religiões e costumes, entre outros aspectos como também as riquezas produzidas pela “Mãe Continente”.

  1. 2 A experiência do NEAB para o trato com Educação para as Relações Etnicorraciais nas Licenciaturas do IFPA campus Belém

Como produto das disciplinas Psicologia da Aprendizagem e do Desenvolvimento e Educação para Relações Etnicorraciais que fazem parte do desenho curricular dos cursos de Formação de Professores do IFPA campus Belém, foram disponibilizados 23 (vinte e três) protótipos das Tecnologias Educacionais para a Educação para Relações Etnicorraciais

Todas as Tecnologias Educacionais, com o objetivo de expressar a diversidade das culturas e dos processos pedagógicos trouxeram inúmeros benefícios para os alunos que começam a entender a importância da Lei 10.639/03 na Educação Básica, associando o conteúdo apreendido nas diferentes disciplinas. O conhecimento não ficou mais compartimentado às divisórias da sala de aula, materializando as categorias obrigatórias por Lei nos Cursos de Formação de Professores – a simetria invertida e a transposição didática. Isso foi possível nos Cursos de Letras, Química, Geografia e Pedagogia.

No ano de 2014 a experiência se deu com as disciplinas Educação Especial e Educação de Jovens e Adultos nas turmas de Letras e Química.

O objetivo é proporcionar à sociedade a instrumentalização de Tecnologias Educacionais para o trabalho educativo no contexto interdisciplinar e de forma transversalizada na perspectiva da inovação tecnológica no produto e no processo.

A ideia surge diante da necessidade de otimizar as potencialidades da Instituição na área tecnológica, bem como para atender à Lei de Inovação (Lei 10.973, de 02 de dezembro de 2004), mais especificamente voltada para as Licenciaturas.

Dessa forma, como maneira de visibilizar e inserir a inovação tecnológica que é um dos focos centrais dos Institutos Federais, propomos a conceituação de Tecnologia Educacional aplicada às Licenciaturas com vistas a introduzir a criação e a inovação tecnológica na prática docente, conforme o Artigo 2º, incisos II e IV da Lei 10.973/2004.

As tecnologias encontram-se disponíveis nos seguintes endereços eletrônicos:

http://itecedu2013.blogspot.com.br/

http://herarocha.wix.com/tecnologiacumba?fb_ref=Default

 

Ao todo, fazem parte deste Banco de Dados 61 Tecnologias Educacionais e está em andamento no ano de 2015 a construção de mais 10 Tecnologias Educacionais nas Turmas de Licenciatura em Geografia, ERER semipresencial e nos Projetos de Extensão do NEAB com alunos dos Cursos de Formação de Professores em Química e Pedagogia. Há fragilidades no sentido de que, conceitualmente, a construção de Tecnologias nos Institutos Federais estarem atreladas tão-somente e historicamente aos Cursos de Engenharia e Tecnologias e estão distanciadas culturalmente dos Cursos de Licenciaturas.

 

TABELA 1: TECNOLOGIAS EDUCACIONAIS DO NEAB - 2012 a 2014 - POR ANO E ÁREA DO CONHECIMENTO

 

AREA

2012

2013

2014

TOTAL

ERER

5

0

4

9

QUIMICA

0

9

2

11

FISICA

0

2

-

2

LETRAS

0

12

7

19

GEOGRAFIA

0

5

0

5

PEDAGOGIA

0

8

5

13

BIOLOGIA

0

2

-

2

TOTAL

5

38

18

61

FONTE: Coordenação do NEAB, 2015.

 

Sabe-se que no campus Belém há existência de outros docentes nas mais diversas áreas do conhecimento que utilizam Tecnologias Educacionais, mas que não estão em um cadastro, e essas experiências tendem a se perder da memória institucional. Essa é nossa preocupação em catalogar e documentar essa possibilidade no ensino, pesquisa e extensão no NEAB para que outros possam dela se utilizar hoje e no futuro.

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