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Time de futsal marca 18 gols na primeira partida dos JIFs

Desafios enfrentados pelas delegações de futsal e vôlei tornam a etapa estadual do JIFs/2018, sediado pelo Campus Belém, inesquecível

  • Publicado: Quinta, 28 de Junho de 2018, 14h09
  • Última atualização em Quinta, 28 de Junho de 2018, 14h58
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Nesta terça-feira, 26 de junho, começaram pra valer as competições da etapa estadual do Jogos dos Institutos Federais (JIFs) edição 2018. Dentro e fora das quadras do IFPA Campus Belém, a alegria e espírito olímpico se espalharam. Enquanto a bola rola, as arquibancadas lotadas fazem um show à parte. Olhos e corações estão todos voltados para o que acontece em quadra, vale torcer para os times iniciantes pelo prazer de torcer contra os próximos adversários. À tarde, ocorreram dez partidas de futsal, os cinco confrontos iniciais foram das equipes femininas e as outras cinco dos times masculinos. Na sequência, foram realizadas três partidas de vôlei feminino e três de vôlei masculino.

Os atletas de futsal se destacaram pela agilidade, força e estratégias para driblarem os adversários. Nos jogos de vôlei, a altura dos esportistas e a potência dos saques foram os diferenciais na conquista dos pontos. Para garantir a vitória foi preciso mais do que o conhecimento das regras, a soma das táticas individuais e coletivas, pensamento rápido e sintonia entre atletas em quadra.

A partida entre as equipes femininas de futsal de Marabá Rural e Tucuruí foi bem difícil, terminou em 1 x 2. O primeiro gol veio do time de Tucuruí, dos pés da camisa 15, Samela Santos. Marabá Rural reagiu e o empate saiu dos pés da Camisa 10, Kassia Dias. Correndo contra o tempo, Tucuruí desempatou com o gol da camisa 11, Gabrielly Brito.

O segundo confronto de futsal foi inacreditável, a equipe veterana de Castanhal enfrentou a inexperiente equipe de Ananindeua, placar final 18 x Zero. O primeiro gol veio no primeiro minuto do jogo, foi feito pela camisa 5, Flávia Abreu. Flávia fez seis dos 18 pontos da equipe na partida. A camisa 6, Karool Silva, fez cinco gols. A camisa 7, Evellyn Barcem, marcou três gols. A camisa 10, Suleany Machado, marcou dois. E a Camisa 3 marcou um gol.

Fazendo uma análise do próprio desempenho, as atletas do time feminino de futsal que representa o IFPA Ananindeua admitiram que precisarão fazer muito para se manter na competição. “A gente quase não treinou. Foi um jogo difícil, fizemos o nosso melhor. A estrutura para jogos em Ananindeua ainda não é adequada para os treinos, por isso não fizemos àquela preparação ideal para participar dos JIFs”, explica a atleta, Ana Beatriz Soares.

“A gente se esforçou bastante neste jogo. Eu tenho certeza que as meninas adversárias também se esforçaram, embora esperávamos um pouquinho mais de firmeza da parte delas. Nós fizemos o nosso melhor e na próxima partida, vamos fazer melhor ainda”, garante Flávia Luana Leitão de Abreu atleta de futsal por Castanhal.

“O Jogo de Futsal entre Castanhal e Ananindeua, digamos que foi no mínimo curioso. Me surpreendeu ver uma equipe experiente, muito bem preparada, jogando contra uma equipe tão inexperiente. O jogo em si foi muito bom, com vários ataques e boas defesas. Claro que devo ressaltar a vitória de Castanhal que foi bem merecida. Mas, a competição está só começando, precisamos ver as próximas partidas”, analisa o estudante Jorge do Santos Martel Júnior que viu o jogo da arquibancada.

Santarém e Breves, o terceiro jogo da tarde de futsal feminino, foi equilibradíssimo. As atletas suaram a camisa, o placar ficou empatado em 2 x 2. “Os dois times estavam bem preparados, nós e elas jogamos muito bem, elas e nós temos ótimas goleiras. Assim como o time delas, nós também temos jogadoras que ainda não sabem jogar” comenta a jogadora Késia Silva Monteiro do Campus de Breves.

“O jogo foi bom. O time delas é tão bom quanto o nosso. A gente fez de tudo para fazer os gols, mas a defesa delas segurou e infelizmente empatamos. Estamos treinando desde o início do ano, três vezes por semana, por aproximadamente uma hora e meia por dia, para os JIFs. Nas próximas partidas vamos fazer o que treinamos, vamos fazer gols”, assegura a atleta do Campus Santarém Andreize Cássia Moreira da Silva sobre o resultado do jogo do time delas contra Breves.

O penúltimo confronto de futsal feminino foi entre Marabá Industrial e Bragrança. Marabá se mostrou mais preparado e deixou o placar 2 x 1. Nos quatro minutos iniciais, Marabá saiu na frente, marcando o primeiro gol. Bragrança reagiu e cavou o empate com o gol feito pela Camisa 3, Anne Costa. Marabá correu para desempatar, e dos pés da mesma jogadora que fez o primeiro gol, saiu o segundo, graças a pontaria certeira da Camisa 7, Lueme Silva.

“Participo pela primeira vez dos JIFs. Nós ganhamos esta partida de agora, por isto considero que o desempenho de nossa equipe foi bom, mas precisa melhorar um pouquinho mais. Eu não sou acostumada a jogar futsal, esta partida foi uma nova experiência. Sou mais acostumada a jogar handebol. Estamos treinando há uns três meses, pelo menos de 3 a 4 dias por semana, mesmo assim, acredito que me saí bem” comenta a atleta de Marabá Industrial, Amanda Cristina de Souza Furtado.

Jogando pela segunda vez na etapa estadual do JIFs, Tamiris Marques Sousa, estudante do IFPA campus Bragança, analisa o jogo. “Penso que erramos nas finalizações e os gols não vieram. A gente devia ter chutado mais, atacado mais”.

 

Abaetetuba e Cametá transpiram espírito olímpico

O jogo entre Abaetetuba e Cametá foi uma história a parte. Inicialmente estava agendado para ser o primeiro da tarde, ocorreria ao meio dia. No entanto, algum equívoco de comunicação, fez o jogo ser o último. Até o início do jogo, o técnico da equipe de Cametá não tinha conseguido chegar de volta ao Campus Belém – tinha retornado ao hotel para buscar os uniformes do time masculino. Quase na hora do jogo, a solidariedade entrou em campo e o espírito olímpico falou mais alto. O técnico do time de Tucuruí se dispôs a acompanhar as atletas, conversou com as com a técnica do time de Abaetetuba e explicou a situação. A técnica, compreendendo e vendo a garra das atletas de Cametá consentiu que assim fosse feito. Cametá não tinha bola para se aquecer, novamente do time adversário veio a colaboração, a jogadora Cecília emprestou uma bola.

O técnico de Cametá conseguiu chegar a tempo de ver seu time atuando no segundo tempo da partida. A disputa foi equilibradíssima, se via solidariedade dentro e fora de campo. Da arquibancada os torcedores apoiavam as jogadoras.

O time de Cametá chegou a Belém desfalcado, parte do time não pode vir por não ter conseguido a permissão dos pais. O normal seria ter nove a 10 atletas, mesmo assim, sem se abater, entrou em quadra com apenas seis atletas. As dificuldades não tinham acabado, com o time jogando, ainda havia mais um problema a superar, contavam com apenas cinco chuteiras e foi preciso pedir emprestado os sapatos de outros atletas. A ajuda veio da arquibancada, um garoto de outro campus emprestou-lhes. No final, o placar era o que menos importava, o jogo foi muito equilibrado. Cametá começou a errar após o empate, já quase no final do jogo. Placar final, Abaetetuba 3 e Cametá 1.

Jenneffer Vitória de Almeida, 16 anos, do curso Técnico de Informática Integrado do Campus Cametá comenta que lá todo mundo é uma espécie de família, que é buscam na união superar os inúmeros desafios diários. “Não foi fácil entrar em quadra somente com seis jogadoras, enquanto a equipe adversária contava com pelo menos 10. Mas, a gente deu o melhor que podia em quadra”, frisou.

 

Cametá teve que driblar vários obstáculos para chegar a Belém

Não foi só para estar em quadra que Cametá precisou da habilidade de dialogar e se auto motivar. “O Campus Cametá é muito unido, não deixamos ninguém passar por situações difíceis, sem apoiar. Damos jeito para providenciar o que falta, todo mundo participa e corre atrás, busca dar o melhor de si. Nenhuma dificuldade desanima a gente. Faltando uma semana para o JIFs, já quase tínhamos desistido. A gente não viria mais, estava decidido que só viria o time masculino. Mas, eu e a Taíse, na segunda-feira, durante o evento do Dia do Químico lá na escola, dia 18, nós saímos e pedimos aos professores uma ajuda, pois nós queríamos muito vir jogar aqui, que seria um sonho realizado pra gente chegar aqui. Na terça-feira, nós conseguimos toda a parte do dinheiro que faltava”.

As atletas de futsal feminino de Cametá superaram a ausência de técnico, usaram a única arma que dispunham o poder do diálogo para superar o desencontro de informações, a falta de tênis e de camiseta, a bola para se aquecer em quadra. Entraram com o time desfalcado, não se deixaram abater e foram à luta até o último minuto. Independentemente do placar, saíram de quadra com a certeza de missão cumprida. “A gente passou um sufoco na estrada, pois ontem, no horário da cerimônia oficial ficamos umas cinco horas parados lá, porque algumas pessoas protestavam na BR e não queria liberar a pista. Na segunda-feira, quando chegamos aqui na quadra já tinha terminado até o desfile dos candidatos a miss. Foram quase 11 horas de viagem de Cametá até Belém, numa viagem que normalmente gastaria 4 horas”, ressalta Jenneffer Vitória rodeada pelos amigos que a ajudavam lembrar de tudo que foi preciso superar para participar dos JIFs.

 

Os JIFs é muito importante para os estudantes do IFPA

O Professor de Ananindeua que trouxe uma das equipes mais inexperientes, com faixa etária de no máximo 14 anos, explica por que foi importante trazer os seus alunos. “O objetivo de trazê-los é para que eles vivenciassem os jogos, tenham oportunidade de interagir com outros campi, ainda mais que este ano é o ano com maior número de campi participando, ao todo 16. É importante para verem como é participar dos JIFs. Muitos não sabiam nem o que era uma competição. Aqui vamos começar a trabalhar o time, os atletas vão ganhar experiência, se empolgar com o esporte para que possam participar e não ficar de fora do evento. A integração dos alunos é a parte mais importante dos jogos. Antes de virmos para cá, comuniquei a eles que o objetivo seria se divertir, conhecer, participar, interagir e curtir. Pela manhã, tivemos a oportunidade de ganhar o jogo por WO, mas, pensamos que não correto, a gente pode perder de muito, mas decidimos jogar. Para vir a Belém, as meninas se prepararam, enfrentaram sol, chuva e lama. Não seria justo que elas ficassem de fora agora. Penso que devem entrar e jogar, não interessa se vamos perder ou ganhar, o importante é participar”, explica o professor de Educação Física do Campus Ananindeua, João Ricardo Alves Fecury.

O IFPA campus Ananindeua fica na Chácara do Governador e está sendo construído. “Lá, temos um campinho de futebol bem pequeno, onde treinamos o handebol, o vôlei, o futsal, o futebol, enfim, treina-se tudo. Agora que está sendo construído o nosso bloco. É um Campus novo, tem no máximo de três a quatro anos. Dentro do possível, fazemos o nosso melhor. Terá mais uns três anos para estes atletas participarem dos JIFS. Agora é apenas um trabalho de base para eles começarem a entender o que é uma competição, ver com funciona. Vão se empolgando e contagiando. Depois, vão voltar contando, e os pais já conseguirão vir até aqui assisti, apoiar e ver como é o trabalho. É importante eles participarem. Quero ressaltar que é a primeira vez de minha equipe dentro de uma quadra. Elas treinam num campinho de terra, íngreme, com buraco que acumula lama quando chove e que não têm as marcações. Estas atletas estão aqui na vontade mesmo, na raça e determinação. Todo o conhecimento de regra, elas vão passar a adquirir com os treinos”, concluiu professor João.

 

Texto: ASCOM IFPA Reitoria

 

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