Esse IF é minha rua: Curricularização da extensão e Parfor são temas discutidos no terceiro dia do evento

O evento “Esse IF é minha rua: traçando caminhos e realizando sonhos” segue a todo vapor no Campus Castanhal. Em seu terceiro dia de programação, o encontro proporcionou debates acerca das práticas de extensão no Instituto e da formação de professores. Além disso, houve apresentações culturais, oficina de violão coletivo e de percussão, apresentações de trabalhos, premiações e lançamento da Revista Tecendo Caminhos.

Pela manhã, a mesa redonda “Curricularização da extensão” reuniu os docentes Jeovani Couto, do Campus Breves, Adrieny de Oliveira, do IFPA de Conceição do Araguaia, Mariana Passerini, do Campus Itaituba e Pedro de Oliveira, do IFPA Castanhal. Mediada pelo Pró-Reitor de Extensão, Fabrício Alho, a mesa trouxe relatos de experiências com extensão nos campi do Instituto.

“A socialização aqui no Campus Castanhal foi em cima das nossas práticas da curricularização do ano 2018 e 2019. A gente socializou limitações, desafios e perspectivas pra essa curricularização que está sendo implantada no IF e a gente sabe que ainda é uma normativa nova, que apesar de ser de 2017, a gente ainda está implantando e tendo experiências”, conta Adrieny de Oliveira.

A professora também aproveitou a oportunidade para apresentar a cartilha “Já falei 10.639 vezes que o racismo é crime”, produzida por discentes, com coordenação e orientação da professora Raimunda Conceição Sodré. “Essa cartilha é fruto de um projeto de pesquisa e extensão feito em 2018, no qual dois alunos fizeram a parte da pesquisa étnico racial para saber o perfil dos alunos de Conceição do Araguaia e as meninas do projeto de extensão tinham o objetivo de produzir uma cartilha falando o que era a lei 10.639, para poder socializar isso com a comunidade externa e interna, através de ilustrações, através de racismo no meio cultural, racismo estrutural a trazer as autoras que falam sobre a questão do racismo”, explica a docente.

Durante todo o dia, também aconteceu a Formação de Professores Formadores do Programa Nacional de Formação de Professores da Educação Básica (Parfor). O objetivo da Formação foi fazer o planejamento e a organização da etapa intensiva do Parfor em 2020, reunindo os professores formadores que foram selecionados no edital 07 de 2018 e que vão ministrar aula nas cinco turmas de pedagogia do Programa.

“A gente já oferta o Parfor há 10 anos, de 2009 a 2019. Nós já tivemos uma oferta significativa e hoje nós estamos somente com cinco turmas que foram selecionadas pelo edital da Capes 2018. Nós formamos mais de 3 mil professores e o que a gente traz como experiência é a satisfação, foi um programa que contribuiu significativamente para os cursos de formação da própria instituição. É um programa essencial que apesar de já ter 10 anos ainda não supriu a demanda necessária de formação, ainda tem muito professor na rede que ainda não tem a formação a nível de graduação”, conta a Coordenadora Geral do Parfor, Ana Cassia Ferreira.

À tarde, aconteceu a segunda parte da oficina de Percussão, ministrada pelo professor de arte e música do Campus Altamira, Leandro Ferreira. A oficina é um recorte de um projeto de extensão aprovado pela Proex através do Proextensão. Leandro Ferreira trabalha com o movimento negro e LGBT+ de Altamira e já ministrou oficinas como essa em vários municípios próximos do Campus. “Eu tenho amigos que fazem parte do movimento negro, outros que fazem parte do movimento LGBT e eu vejo o quanto é difícil para eles estarem inseridos em alguns contextos culturais e artísticos, então, por conta disso, eu acho muito pertinente esse tipo de projeto e de formação para esse público, eles são mais participativos também, até pela questão do empoderamento e eu fico maravilhado com eles”, conta o professor.

“Esse IF é minha rua” é uma realização da Pró-Reitoria de Ensino, Pró-Reitoria de Extensão e Campus Castanhal. O evento segue até o dia 06 de dezembro, com uma vasta programação.