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Grupo de pesquisa Licti do IFPA publica primeiro livro pela Editora da USP

A publicação apresenta os resultados de pesquisas desenvolvidas na região amazônica sobre ensino, linguagem, cultura, tecnologia e inclusão social e pode ser baixada gratuitamente

 

  • Publicado: Terça, 07 de Julho de 2020, 18h31
  • Última atualização em Terça, 07 de Julho de 2020, 22h11
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O Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Pará (lFPA), campus Castanhal, reuniu 15 trabalhos desenvolvidos por integrantes do grupo de pesquisa Linguagens, Culturas, Tecnologias e Inclusão (Licti) em livro publicado pela Editora da Universidade de São Paulo (USP). Com caráter interdisciplinar e estruturado em cinco eixos temáticos que dão nome ao grupo– ensino, linguagem, cultura, tecnologia e inclusão social –, a obra apresenta artigos que analisam, discutem e evidenciam a educação como fator para o desenvolvimento social.

Organizado pelos professores Dra. Miranilde Oliveira Neves, doutoranda Robervânia de Lima Sá-Silva e Dr. Júlio César Suzuki, o livro recebeu o mesmo nome do grupo de pesquisa: Linguagens, Culturas, Tecnologias e Inclusão. A publicação é um demonstrativo do que vem sendo desenvolvido pelo Licti em ensino, a pesquisa e extensão. “A obra presenta à sociedade as pesquisas que contribuem, a partir de seus resultados, para auxiliar pesquisadores no trabalho didático-científico. Permite, também, a aproximação da comunidade do conhecimento e das ações que têm sido desenvolvidas pelo IFPA. É mais uma forma de retorno do Instituto à sociedade, ‘educação de excelência, garantindo a diversidade de saberes’, o que já está estabelecido em sua visão institucional”, destacou Dra. Neves.

Os autores abordam variados temas: o ensino da Filosofia em tempos de pós-verdade, ensino da Língua Inglesa na pós-modernidade, a charge enquanto gênero textual e metodologia de ensino, reflexão sobre a produção textual na academia, desafios do ensino da leitura, estudo de caso sobre distorção de idade e série em turma de ensino fundamental, a prática docente e a construção dos saberes em sala de aula. Resgatam os possíveis caminhos de uso da Literatura de Cordel no ensino de História, debate a Pedagogia da Alternância, educação no campo – estudo de caso de luta e resistência em Conceição do Araguaia –. Na seção Tecnologia, o destaque é dado à Linguagem de Programação Potigol adotada como metodologia para o ensino de Matemática no IFPA, Campus Ananindeua; a otimização de preços em função da taxa de deterioração de produtos; técnicas de estudo e gestão do tempo, uso dos objetos virtuais de aprendizagem como alternativa metodológica a ser implementada nas aulas de Matemática. A última seção é dedicada ao tema inclusão.

Dois destes trabalhos, por exemplo, contaram com a participação do professor do IFPA, Campus Ananindeua, Dr. Denis Carlos Lima Costa, membro do Licti, e líder do grupo de pesquisa Gradiente de Modelagem Matemática e Simulação Computacional (GM²SC). O Capítulo 11 foi fruto de observações feitas no início de 2019, quando um dos principais pesquisadores do GM²SC, o estudante Heictor Costa, identificou a existência de uma Linguagem de Programação criada no Instituto Federal do Rio Grande do Norte (IFRN), pela equipe liderada Professor Leonardo Lucena. Mas, até então, o GM²SC sempre utilizava linguagens como o Python, Matlab, R, C++, que são de difícil assimilação pelos alunos. “Então, decidimos aplicar a Linguagem Potigol nas nossas pesquisas, pois se tratava de uma linguagem desenvolvida no Brasil e por um Instituto Federal de Educação. A Linguagem Potigol nos inspirou a criar uma outra Linguagem que fosse mais próxima da realidade do Pará. Daí nasceu a LEP: Linguagem Egua de Programação”.

Dr. Costa ressaltou ainda que o Capítulo 12 tem foco em conhecimentos de Economia. “Percebemos que no Campus Castanhal há diversos discentes que são agricultores, micros e médios. Suas plantações eram subaproveitadas pelo mercado. Os próprios comerciantes da região se beneficiam da deterioração dos produtos, pois esses são muito perecíveis. Os prováveis compradores aguardam o limite da deterioração do produto para adquiri-lo com o menor preço possível. Dessa forma, realizamos uma pesquisa, no qual o resultado fosse capaz de avaliar a melhor tomada de decisão, considerando preço, tempo e taxa de deterioração do produto comercializado”.

Dra. Neves esclareceu que a publicação do livro foi possível por causa do trabalho em conjunto de alunos e professores, do apoio do Comitê Científico e do acordo de cooperação institucional firmado entre o IFPA e a USP para a oferta do programa de mestrado no campus. “Agradeço o apoio do Diretor Geral do Campus Castanhal, professor Adebaro Alves dos Reis, do professor Júlio César Suzuki (USP) - nosso parceiro e meu colega no Mestrado Profissional em Desenvolvimento Rural e Gestão de Empreendimentos Agroalimentares. E aos pesquisadores do Licti por todo o apoio. Também não posso deixar de agradecer à Pró-reitoria de Pesquisa e Pós-graduação na pessoa da professora Ana Paula Palheta. Ela, ao lado do meu diretor de pesquisa, professor André Luis Barbas, sempre nos motivou a avançar nas pesquisas”, ressalta.

 

Observação

Os autores deixaram expresso a permissão da reprodução parcial ou total desta obra, desde que citada a fonte e autoria, proibindo qualquer uso para fins comerciais. Acesse, baixe e leia:  http://www.livrosabertos.sibi.usp.br/portaldelivrosUSP/catalog/book/476

 

Acordos de Cooperação do IFPA

Por meio do Comitê Científico do IFPA, o Instituto possui acordos de cooperação com universidades nacionais e internacionais, e conta com colaboração de pesquisadores da Espanha, França e Portugal. O Diretor do Campus Castanhal, Dr. Reis, destaca que a cooperação com a USP, por meio da Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas (FFLCH) e o Programa de Pós-graduação em Integração da América Latina (Prolam), possibilita a mobilidade de docentes e discentes para participarem de atividades acadêmicas e do Programa de Pós-Graduação em Desenvolvimento Rural e Gestão de Empreendimentos Agroalimentares (PPDRGEA) ofertada pelo Campus. “Em 2019, a USP por meio do Prolam aderiu à proposta do curso de doutorado em Desenvolvimento Rural e Sistemas Agroalimentares que deve ser ofertado em Castanhal. Ela vem como instituição colaboradora e parceira, tendo o Prof. Dr. Júlio Cézar Suzuki como membro do corpo docente e professor permanente. O curso está em processo de avaliação e aprovação pela CAPES”, comentou.

 

Licti

O grupo de pesquisa denominado Linguagens, Culturas, Tecnologias e Inclusão (Licti) completou um ano em fevereiro de 2020. É composto por professores e estudantes bolsistas. São pelo menos 30 pesquisadores cadastrados. Neste ano, no mês de maio, promoveria um evento em Portugal, mas por conta da pandemia causada por coronavírus Sars-CoV-2, o evento foi cancelado. Este livro foi a solução encontrada para dar ampla visibilidade aos os artigos que iriam ser apresentados lá.

Os interessados em participar do Licti devem submeter um projeto de pesquisa ao grupo.

 

IFPA, campus Castanhal

O Campus Castanhal do IFPA conta com 10 grupos e 5 núcleos de pesquisas cadastrados:

- Grupo de Estudos em Filosofia Aplicada à Aquacultura de Espécies Tropicais (Gefaet)

- Grupo de Saberes, Educação, Interculturalidade e Variações Temáticas sobre a Amazônia (Seiva)

- Grupo de Computação Aplicada e Sistemas Inteligentes (Capsi)

- Grupo de Sementes e Mudas na Amazônia (Gpsem)

- Grupo de Pesquisa em Plantas Ornamentais e Hortícolas (GPPOH)

- Grupo de Pesquisa em Cooperativismo, Economia Solidária e Desenvolvimento Rural Sustentável da Amazônia (Gecoopes)

- Grupo de Pesquisa em Linguagens, Cultura, Tecnologia e Inclusão (Licti)

- Grupo de Pesquisa em Conhecimento e Tecnologias Inovativas para o Desenvolvimento Regional da Amazônia (Ctidra)

- Grupo de Pesquisa em Gestão, Experimentação e Modelagem Aplicada à Biossistemas (Gemabio)

- Grupo de Pesquisa em Ciência do Mapeamento dos Ambientes Amazônicos

- Núcleo de Estudos e Pesquisas em Ciências do Solo e Água na Amazônia (Nupecsa)

- Núcleo de Estudos em Engenharia, Ciência e Tecnologia de Alimentos (Neecta)

- Núcleo de Pesquisa e Desenvolvimento Tecnológico e Agropecuária (Nupagro)

- Núcleo de Estudos Pesqueiros da Amazônia (Nepa)

- Núcleo de Estudos em Educação e Agroecologia na Amazônia (NEA)

 

 

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