IFPA conquista medalha em Olimpíada de História
O conhecimento histórico ajuda a desenvolver nos alunos uma atitude crítica e a capacidade de ler o mundo em seu entorno de forma a identificar, comparar, contextualizar e interpretar os fatos do presente e do passado. Com esta certeza, o Instituto Federal campus Parauapebas participou da 12ª Olimpíada Nacional em História do Brasil (ONHB) realizada pela Universidade Estadual de Campinas (Unicamp). O resultado foi divulgado por meio de vídeo em 22 novembro e as premiações foram entregues agora em dezembro. O Campus inscreveu 15 equipes, totalizando 45 alunos na competição, dentre as quais se destacou a equipe Tykhe.
A equipe é composta por quatro pessoas, três estudantes e o professor de História do 3º ano do curso técnico em Eletroeletrônica integrado ao ensino médio: Kayo Raphael Carvalho Cartonilho, Nathaniele Sousa Mourão, Pedro Henrique dos Santos Lima e David Durval Jesus Vieira. A dedicação à competição garantiu camisetas e medalha de cristal a cada participante.
Professor Vieira comemorou o resultado da Tykhe por ter ficado entre equipes paraenses que conseguiram chegar à etapa final. Embora o Pará não possua tradição de participação nesta competição, conseguiu inscrever 217 equipes e destas, cinco chegaram à final entre as 421 finalistas de todo o país.
Professor Vieira ressalta que a pandemia acabou dificultando o contato e a preparação prévia para a olimpíada. Diante da impossibilidade de realizar as atividades no campus sem gerar risco à saúde dos estudantes, os diálogos e preparativos para a olimpíada ocorreram via celular. “Em um momento que estávamos nos preparando para o retorno do calendário acadêmico, o contato foi restabelecido e utilizava um dia e um horário da semana para fazer orientação, disponibilizando um link para encontro em um grupo de whatsapp que reunia todas as equipes. Isso contribuiu bastante para a equipe finalista tirar dúvidas nas duas etapas anteriores e poder prosseguir”, esclarece.
A prova da Olimpíada de História incentiva a investigação e a análise crítica com aplicação de questões diferenciadas em relação ao vestibular, destinando diferentes pesos para as alternativas (há mais uma correta). São cerca de seis etapas, sendo que a equipe deve transcrever documentos antigos, produzir uma crônica sobre um dos temas elencados e avaliar as crônicas de outros participantes, durante a 4ª, 5ª e 6ª etapa, respectivamente. “Julgo que isso favorece bastante o desenvolvimento da criticidade, da curiosidade e da autonomia, além do entendimento do ofício do historiador” avalia professor Vieira a importância da participação na ONHB.
Curiosidade: O nome Tykhé foi inspirado na mitologia grega, remete ao nome da deusa da sorte e prosperidade.
12ª ONHB
A Olimpíada Nacional de História do Brasil (ONHB) é um projeto do Departamento de História da Unicamp, uma ferramenta de aprendizado do ensino de História. Conta com o apoio do Programa de Pós-Graduação em História da Unicamp, com a participação de docentes, mestrandos e doutorandos.
A 12ª ONHB contou com 69,8 mil inscritos, 17,4 mil equipes formadas por estudantes dos 8º ou 9º anos do ensino fundamental e de todos dos anos do ensino médio, além de um professor de História.
Cada etapa funcionou como uma peneireira, pois no final apenas 421 equipes de todos os estados do país disputaram as medalhas.
Nesta edição, os estados do Nordeste concentraram o maior número de finalistas e medalhistas por equipe. A Bahia é o estado com maior número de medalhistas: 18 equipes no total. Em seguida, estão São Paulo com 16 grupos, Pernambuco (14), Rio Grande do Norte (13), Ceará (12), Minas Gerais (7), Sergipe (4), Piauí (2). Já os estados de Paraíba, Paraná, Rio de Janeiro e Roraima levaram uma medalha cada.