IFPA lança cartilha sobre controle de plantas daninhas na cultura da pimenta-do-reino
Pesquisadores do Instituto Federal do Pará (IFPA), com foco na redução de custos e na melhoria da produtividade das plantações de pimenta-do-reino, realizaram, junto a produtores familiares da microrregião de Cametá, interior do Pará, estudos para documentar o manejo adequado para controlar as plantas daninhas em áreas de cultivo dessa especiaria. O trabalho resultou em uma cartilha “Manejo das plantas daninhas na cultura da pimenta-do-reino no município de Cametá”.
De fácil leitura e compreensão, a Cartilha tem 32 páginas e está disponível on-line. Traz o histórico e as dificuldades do cultivo da pimenta-do-reino na região, as principais plantas daninhas (Capim-pancoran, Marianinha, Vassorinha, Trevinho, Capim-braquiária) e as principais medidas de controle por tratos culturais, mecânicos, químicos e boas práticas no uso de defensivos agrícolas. O histórico foi construído a partir do relato do Nilton Lopes de Farias, da localidade de Baião, que relata que os plantios na localidade iniciaram por incentivo de padres da prelazia de Cametá
Esta especiaria é grande importância para a economia regional. Só a produção de Cametá foi responsável por 18% do plantio no estado do Pará em 2019. No entanto, os custos de cultivo são altíssimos devido à incidência recorrente de plantas daninhas. Estas plantas competem com a cultura principal por nutrientes do solo, água, luz e espaço, reduzindo a produtividade e a qualidade do produto. Saber identificá-las e qual medida tomar é fundamental para garantir lucratividade.
A pesquisa foi iniciada em agosto de 2020. Os pesquisadores realizaram visitas aos produtores e aplicaram um questionário semiestruturado para buscar entender quais eram as principais dificuldades enfrentadas em relação ao cultivo. Com as respostas, o estudante do curso técnico subsequente em Agropecuária do IFPA campus Cametá, Anderson Carlos Borges, sob coordenação da professora de Engenharia Florestal, Rosana Teixeira de Jesus, elaborou a cartilha. Toda a ilustração foi realizada por Carlos Eduardo de Sousa Silva, o Di Sousa.
O estudo constatou que os produtores rurais de Cametá dominam o conhecimento em relação às plantas daninhas, no entanto, necessitam de mais orientações técnicas em relação ao manejo adequado quanto à utilização de produtos químicos (agrotóxicos), manuseio e/ou descarte das embalagens vazias de forma a evitar sérios problemas de saúde.
“Entendemos que deveríamos devolver ao produtor algo que poderia vir a ajudá-los em forma de agradecimento pela cooperação na pesquisa, onde nos recebiam sempre com alegria e nos repassavam seus conhecimentos empíricos”, explica professora Rosana Teixeira as razões que os levaram a elaborar a cartilha.
Acesse aqui a cartilha e saiba mais sobre controle de plantas daninhas.