IFPA garante 15 medalhas na Mostra Brasileira de Foguetes (Mobfog)

Garrafa Pet, canos de PVC, fita crepe, água e conhecimentos de astronáutica foram os ingredientes principais utilizados nos lançamentos de foguetes realizados pelos estudantes do Instituto Federal do Pará (IFPA) dos campi Itaituba e Santarém durante a Mostra Brasileira de Foguetes (Mobfog) 2020. Ao todo, somando os alunos dois campi, 15 conseguiram resultados que garantiram dois ouros e 13 pratas.

No Campus Santarém, a professora de Física Graciana dos Santos de Sousa foi responsável pela inscrição dos estudantes e coordenação das atividades da OBA e da Mobfog. Ela ressalta que a unidade foi inscrita nas competições em 2016 e, de lá para cá, os estudantes vêm melhorando o desempenho na mostra e olimpíadas. Nesta edição, os lançamentos ocorreram de duas formas, presenciais e virtuais. 

Embora afastada das atividades do IFPA para se dedicar ao doutorado, professora Graciana aproveitou as férias de janeiro e fevereiro para organizar oficinas de foguetes com o objetivo de motivar os alunos do Campus Santarém a participarem da OBA. Com a pandemia, ela continuou a orientá-los a distância.  E todos os esforços deram resultado, o Campus Santarém garantiu 13 pratas, sendo uma na OBA e outras 12 na Mobfog. “A OBA aconteceu de forma muito organizada, por meio de aplicativo de fácil uso pelos alunos. Eles podiam construir seus foguetes no software, fazer a simulação do lançamento e o print destes lançamentos para enviar ao professor”, ressalta Graciana.

No Campus Itaituba, a coordenação das competições é compartilhada pelos professores de Física, Haylan Cleiton Monteles de Sousa e Eliesio Alves da Silva.  Com dois ouros e uma prata, professor Haylan garante que o resultado é devido à persistência e motivação dos alunos.

O medalhista de ouro, Moysés Leonel Soares, 17 anos, estudante do curso Técnico em Edificações no IFPA campus Itatituba, comenta que esta é sua primeira participação na Mobfog. Conheceu a competição no IFPA e considera-a um programa perfeito para aqueles que querem ter um estudo mais aprofundado nas matérias de exatas. Para ter o melhor lançamento de foguetes, garante que é preciso ter um controle da pressão dentro da garrafa. “Achei interessante, principalmente o fato de explorar campos das matérias escolares não explorados normalmente no dia a dia. Para participar da Mobfog é preciso ter comprometimento e determinação. A mobfog não é uma brincadeira de fazer garrafa pet voar, ksksks. Existe todo um estudo por traz de cada lançamento. O isolamento da garrafa é uma peça fundamental para fazer o foguete sair com a maior velocidade possível. Tudo o que fizéssemos é analisado para melhorar o desempenho em todos os aspectos. E o melhor é que vemos o melhoramento em cada lançamento e isso é muito satisfatório”.

Soares ressalta, ainda, que seu resultado na Mobfog foi consequência da dedicação e orientação dos professores. “Não entrei nesse projeto com o intuito de ganhar uma medalha, entrei para ser o melhor nisso. Foi pensando assim que conquistamos essa medalha. E para aquele aluno que for fazer qualquer projeto no campus, sugiro que faça o seu melhor e almeje o inalcançável. Porque mesmo que você não alcance isso, você se sairá melhor do que aquele que pensou abaixo de você”.

Conheça os medalhistas de ouro do Campus Itaituba:

1- Gabriel Biesek

2- Moysés Leonel Soares

Conheça os medalhistas prata dos campi Itaituba e Santarém:

3- Aline Batista Ferreira

4- Ezequiely Cristina Gonçalves da Silva

5- Jhonatas Nogueira da Silva Dourado

6- Lara Kemilly de Andrade Gadelha

7- João Pablo Soares Ribeiro (Itaituba)

8- Leandro Efrain Nobre Mota

9- Leonardo Passos Mesquita

10- Lucas de Sá Gomes

11- Maria Eduarda Salgado Vieira

12- Rafael Levy da Silva Imbiriba

13- Ryan Sam Laurido Feio

14- Samara Silva Carvalho

15- Tiago Fernandes de Sousa

Interessados em conhecer a Olimpíada Brasileira de Astronomia e a Mostra Brasileira de Foguetes basta acessar o site: http://www.oba.org.br/site/