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IFPA conquista ouro, prata e bronze na OBA 2019

  • Publicado: Sexta, 13 de Dezembro de 2019, 12h09
  • Última atualização em Sexta, 13 de Dezembro de 2019, 12h09
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Sete medalhistas participam da seletiva para as Olimpíadas Internacionais de Astronomia de 2020

 

O Instituto Federal do Pará (IFPA) - campi Belém e Parauapebas – conquistou quatro medalhas de ouro, uma de prata e quatro de bronze na Olimpíada Brasileira de Astronomia e Astronáutica (OBA) 2019. Ao todo, 55 alunos do IFPA participaram da competição. Os medalhistas de ouro e prata participaram da terceira fase, dia 1º de dezembro, da seletiva online que definirá os brasileiros que participarão, em 2020, da Olimpíada Internacional de Astronomia e Astrofísica e a Olimpíada Latino Americana de Astronomia e Astronáutica.

 

Bruno Barbosa Lucas, João Paulo de S. Rodrigues, Pablo Rodrigues Nunes de Souza são medalhistas de ouro e Jaime Felipe Costa Monteiro Tavares e Victor Matheus Bezerra da Silva conquistaram bronze pelo Campus Belém na OBA. Os cinco foram orientados pelo professor João Paulo da Silva Alves.  No Campus Parauapebas, Filipe Ribeiro Rodrigues é ouro e Lucas Fernandes Araújo Silva é prata, os bronzes são de Anderson Quadros de Alcântara e Gabriel Ileis Araújo Vieira, os quatro são orientados pelos professores de Física, Ana Alzira F. Trovão e Sebastião Rodrigues Rodrigues-Moura.

A OBA tem um caráter científico mais próximo e alinhado aos conhecimentos de Física, apesar de envolver outras ciências. Por esta razão, costuma ser o próprio professor de Física que se torna responsável pela inscrição dos alunos na Olimpíada.  Trata-se de uma prova realizada em uma única etapa, com 10 questões, sendo oito de astronomia e duas de astronáutica. As questões são de múltipla escolha, opções para marcar verdadeiro ou falso / certo ou errado, comparação entre figuras/imagens astronômicas, avaliações que permitem aos alunos fazer associação com outras áreas do conhecimento, cálculos da área específica, dentre outras. “Na prova há perguntas de com conhecimentos de Física, Química e Biologia em nas questões de astronomia Astronomia e a Astronáutica. A gente consegue perceber, também, conhecimentos interdisciplinares de relacionados a Geografia, Sociologia e Filosofia, por exemplo. A Olimpíada é bem diversificada. !Isto é importante para o aluno conseguir testar o conhecimento científico dele”, esclarece Professor Rodrigues-Moura.

 

Esta é a terceira vez que o IFPA Parauapebas participa da OBA. Quando começou, lá em 2017, obteve uma medalha; em 2018, foram dez medalhas; e, este ano, quatro. À época, um projeto de ensino para aperfeiçoar os alunos em astronomia e astronáutica foi elaborado e desenvolvido pelo professor Rodrigues-Moura, neste período. A experiência desenvolvida para a divulgação científica, segundo ele, acabou por render um artigo que deve ser publicado no primeiro semestre 2020. “Estou com um capítulo de livro que será publicado em 2020, sobre esta experiência que desenvolvi em 2017 e 2018. O projeto em si, não existe mais, mas a gente continua a informar aos alunos que vai ocorrer a OBA. A gente vai de sala em sala, para que participem da Olimpíada. Eu e Ana Trovão inscrevemos o Campus como uma instituição participante e informamos a eles o programa. Recebemos as provas, copiamos, aplicamos e fazemos a correção com base no gabarito que nos é enviado. As dez melhores notas são enviadas para os organizadores da OBA. Com base na nota de corte, a gente fica sabendo quem são os medalhistas”.

 

Os alunos com as maiores notas na OBA são convidados a participar de seletivas on-line das Olimpíadas Internacionais de Astronomia. Fazem três provas. Dependendo da nota, eles participam da OLLA - Olimpíada Latino-americana. “As notas de nossos alunos foram altíssimas, o Lucas e o Filipesão do curso Técnico em Eletroeletrônica Integrado ao Ensino Médio. Dependendo do resultado, poderão participar da Olimpíada Latino-americana”, garante Professor Rodrigues-Moura.

 

A importância da OBA vai para além de medalhas e certificados. “Vale muito o reconhecimento do próprio aluno, o reconhecer a si mesmo, o reconhecimento da instituição. A gente prima por esta cultura científica, para que o aluno consiga, através da motivação que é feita no próprio campus, participar de todas as olimpíadas e ter êxito. A OBA não é só uma prova, uma seleção, é um momento em que o aluno testa os conhecimentos que viu ao longo do ensino médio. O importante é que os alunos que ainda estão no primeiro e segundo ano vão ver ali assuntos que vão para além do que foi aplicado em sala de aula. A prova foi aplicada em maio,faltando muito conteúdo para ele adquirir até o final do ano letivo. A gente enxerga como uma potencialidade de divulgação científica. É o momento em que o aluno pesquisa, vira transforma-se um autodidata, busca informações com o auxílio do professor. Apesar do conhecimento de Física ser extenso, a gente já trabalha com conteúdos que são próximos ou similares à astronomia Astronomia e Astronáutica para o aluno ter um desempenho melhor na seleção”, afirma Professor Rodrigues-Moura.

 

Qual a importância da OBA para os alunos e para a instituição?

Rodrigues-Moura esclarece que o mérito é exclusivo do estudante, mas cabe ao professor mediar e fortalecer o caráter científico do aluno para que seja mais autônomo e mais crítico. “Buscar as reflexões do próprio campo científico é importante. Ele começa criar uma cultura científica, não esperar pelo professor ou pelo livro. Ele passa a buscar por si próprio o lugar que ele precisa. Passa a ser reconhecido pelo desempenho que ele tem. A OBA traz muito isso, faz com que os alunos se reconheçam e criam esta habilidade específica na produção de conhecimento científico. As questões em si não são fáceis, não são simples. Muitas vezes, o aluno não está tão preparado para aquela prova, mas com altruísmo ele consegue desenvolver e elaborar as questões que são necessárias para a compreensão das perguntas que emergem das provas. Tudo isso é muito importante para o aluno. A gente vê como um potencial de desenvolver alunos que venham a atuar, futuramente, em ciência e tecnologia, e em áreas dos cursos que o próprio IFPA oferece. Ouvimos destes jovens que eles querem não somente terminar o ensino médio integrado, mas que eles querem seguir carreira na área de Astronomia, Física e engenharias. Para nós, professores, isso é muito bom de se ouvir, é muito importante, é gratificante”.

 

OBA

A Olimpíada Brasileira de Astronomia e Astronáutica (OBA) é destinada à participação de escolas públicas ou privadas, urbanas ou rurais. Os alunos e professores participam voluntariamente. Podem participar alunos do primeiro ano do ensino fundamental até alunos do último ano do ensino médio. A OBA ocorre dentro da própria escola, em uma única fase e os certificados e medalhas são recebidos pela escola no mesmo ano letivo da competição.

Independentemente da pontuação, ao final da OBA, todos os alunos recebem um certificado de participação impresso com o seu nome e se ganhou alguma medalha o tipo dela também consta do certificado. Os professores, diretores escolares e a escola também recebem certificados.

Esta edição de 2019 é a 22ª OBA.

 

Confira a entrevista com o professor João Paulo da Silva Alves do IFPA, campus Belém: http://bit.ly/IFPAconquistaouroebronze-OBA-2019

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