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IFPA Campus Belém está produzindo viseiras de proteção que serão doadas a hospitais.

Instituto participa da rede de solidariedade no combate ao coronavírus

 

  • Publicado: Sexta, 27 de Março de 2020, 15h47
  • Última atualização em Segunda, 30 de Março de 2020, 14h00
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O período de quarentena, imposto pela pandemia do coronavírus, tem despertado a solidariedade mundo afora. Ações individuais ou de grandes indústrias e universidades estão mobilizando pessoas que querem fazer o bem.

Essa rede de cooperação tem aumentado e, com a ajuda da tecnologia, já conta com a participação de estudantes, técnicos e professores do IFPA.

O Campus Belém, por exemplo, está produzindo um protótipo de viseiras de proteção em impressoras 3D, que serão doadas a hospitais. A iniciativa partiu do técnico Ivo Paes, coordenador do Núcleo de Difusão de Tecnologias, Inovação e Extensão (NDTIE):  “Desde que me distanciei, venho tentando me envolver com alguma ação. Faço parte do grupo Aprendizagem Criativa e discutimos sobre o que poderíamos ajudar. Foi aí que surgiu a ideia de construir um modelo de viseira protetora”, explica.

A ideia contou logo com o apoio do Diretor Geral, professor Raimundo Otoni, que autorizou a transferência dos equipamentos para a casa do servidor, enquanto a quarentena persistir. “Como instituição pública, o IFPA Campus Belém tem o compromisso ético e a responsabilidade social de servir à população. Com profissionais capacitados e equipamentos modernos, podemos dar nossa contribuição nessa luta contra o coronavírus. Mas para resguardar a saúde desses servidores que, voluntariamente, estão colaborando, autorizei o transporte do material para permitir o trabalho de casa, além da compra de insumos necessários”, destacou.

O projeto já conta com a participação do professor Arildomá Lobato Peixoto, do curso de Mecânica, do IFPA Campus Belém. “Qualquer ajuda para tentar enfrentar essa praga que está querendo nos acometer (a COVID-19) é válida. E se temos os equipamentos, materiais e pessoas, então por que não o fazer? Poderemos juntar esforços e construir várias peças que poderão ser muito úteis aos nossos heróis da saúde que estão na linha de frente desse enfrentamento”, afirmou o professor.

Plano de Ação - A iniciativa é mais um resultado concreto do Plano de Ação desenvolvido pelo Grupo Especial de Prevenção ao Coronavírus, criado no Campus Belém para enfrentar a pandemia. “Estamos unindo forças e envolvendo toda a comunidade acadêmica, através de projetos e ações no combate ao coronavírus”, destacou a professora Helena Cunha, coordenadora do grupo.

Com tantos casos de hospitalização, os hospitais não estavam preparados com estoques de equipamentos de proteção individual (EPI), como a viseira protetora facial. A professora Helena Cunha, com formação em Farmácia Bioquímica (UFPA) e doutorado em Virologia (Instituto Evandro Chagas), ressalta a importância do equipamento, que seguirá os requisitos legais e as normas de segurança do Ministério da Saúde: “Ele é usado tanto em procedimentos de intubação como nos atendimentos gerais. O objetivo principal é proteger a região dos olhos contra gotículas, além de ajudarem a prolongar a vida útil das máscaras. Mas, antes, claro, uma equipe médica vai validar o material, em questões como segurança, fixação, controle de limpeza e esterilização”.

Ela explicou que outros profissionais do Campus Belém também estão desenvolvendo atividades para a produção de álcool em gel e que o material será distribuído para a Vigilância Sanitária e para o hospital Barros Barreto.

 

Produção -  A viseira protetora, tipo ‘faceshield’, é um modelo produzido em 3D, impresso com filamento polimérico, uma folha de acetato e um elástico para prender atrás da cabeça. “O filamento custa em média R$ 90,00 o quilo, sendo possível com essa quantidade produzir cerca de 25 unidades. A folha de acetato em torno de R$ 16,00 (suficiente para produzir 10 unidades) e o elástico, que tem custo bem baixo. Por enquanto, estamos usando o acetato que já estava disponível no Instituto”, afirmou Ivo Paes.

Segundo o diretor Raimundo Otoni, o tempo de produção é de 50 a 60 minutos para cada viseira. “O Campus Belém conta com outras impressoras 3D e, caso outros servidores se envolvam na ação, o resultado pode ser ainda melhor. Nesse momento, mostramos que a ciência, a tecnologia, a criatividade e, acima de tudo, a solidariedade são capazes de salvar vidas”, completou.

 

 

Texto ASCOM/ IFPA Campus Belém

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