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Evento debate a arte dentro de suas especificidades

  • Publicado: Quinta, 27 de Maio de 2021, 18h47
  • Última atualização em Sexta, 28 de Maio de 2021, 17h40
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O Instituto Federal do Pará (IFPA) realizou, nos dias 25 e 26 de maio, o III Encontro de Arte e Cultura. O evento organizado pela Pró-reitoria de Extensão foi totalmente on-line, com transmissão pelo canal do IFPA no YouTube. O tema central foi o ensino técnico, abrangente e integrador, com olhar voltado às expressões artísticas nos campi e na rede federal.

 

Participaram da abertura do evento o Reitor do IFPA Claudio Alex Jorge da Rocha, a Pró-reitora da Pró-Reitoria de Pesquisa e Pós-Graduação (PROPPG) Ana Paula Palheta Santana, o Pró-reitor da Pró-reitoria de Extensão (Proex) Fabrício Medeiros Alho e a Pró-reitora de Ensino (Proen) Elinilze Guedes Teodoro.

 

Na ocasião, o Reitor parabenizou os organizadores e ressaltou que o evento é uma forma de resistir. “A arte pode suavizar, trazer ternura e, ao mesmo tempo, mostrar sua força como ferramenta de resistência. Nunca fomos tão atacados pelo negacionismo e o reducionismo. Fazendo um recorte para a educação profissional e tecnológica que vem sendo reduzida a um tecnicismo. A formação ofertada pela Rede Federal é mais do que isso. Nestes tempos de retrocesso civilizatório, a arte é um elemento de resistência por meio de suas vertentes, linguagens visuais, da poesia, da música e dança”, ressalta Claudio Alex.

 

Declamação de poesia, teatro, apresentações musicais e danças marcaram a abertura do evento abordando temas e letras que faziam refletir sobre o momento atual. As apresentações foram feitas por estudantes dos campi Industrial de Marabá e Rural de Marabá. No segundo dia, o Curso Técnico em Instrumentos Musicais ofertado pelo IFPA campus Paragominas foi responsável pelo momento cultural.

 

Diálogos em mesas redondas (janelas virtuais) e oficinas marcaram os dois dias de eventos. As artes enquanto ferramentas de crítica social e resistência na contemporaneidade e a Arte, enquanto disciplina, no Currículo dos Cursos Técnicos Integrados na Rede Federal foram os temas centrais dos diálogos. Complementando a programação, foram ofertadas cinco oficinas: Criação de performance cênica, fundamentos da técnica vocal, manutenção preventiva de instrumentos de sopro de madeiras, manutenção preventiva de instrumentos de sopro de metais e produção de tirinhas HQs.

 

O potencial da arte e cultura para elevação do espírito e humanização torna a disciplina de Arte uma ferramenta para superação da fragmentação do conhecimento nos cursos, nos campi e na Rede. Os convidados, durante às mesas redondas, abordaram as artes enquanto forma de expressão e comunicação a serviço da humanidade. Para eles, não se deve abandonar os aspectos técnicos, mas deve encarar a arte como um processo para pensar e repensar a vida.  Afirmaram que a arte não pode ser utilizada de forma instrumentalizada a serviço de outras áreas de conhecimento e repensá-la é fundamental.

 

A mestre em Performance Musical, Rita de Cássia Mendonça, profissional do Instituto Federal de Brasília (IFB) e presidente da Associação dos Professores de Arte dos Institutos Federais (Anpaif) convidou os participantes do evento a olhar para além das práticas locais e perceber o quanto o processo histórico, assim como a identidade e a diversidade auxiliam os institutos a entender e se apresentar enquanto rede.

 

O ensino das artes se faz presente desde o início da Rede Federal de Ensino desde 1909. “O ensino da arte tem colaborado com a busca da superação de uma visão dicotómica entre a teoria e a prática, entre o ensino técnico e o propedêutico, entre o corpo e a mente; contribuindo para uma formação criativa, diversa, sensível, crítica, humana e transdisciplinar”, explica Rita de Cássia Mendonça.

 

No último dia de evento, no período noturno, ocorreu o 1º Fórum dos Professores de Artes do IFPA, onde se buscou integrar e compartilhar experiências a partir da análise sobre as perspectivas e os desafios enfrentados pelos professores de arte nos campi do instituto.

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