IFPA é prata e bronze em olimpíada nacional de ciências

Estudantes dos campi Paragominas, Parauapebas e Santarém do Instituto Federal do Pará (IFPA) são destaques na Olimpíada Nacional de Ciências (ONC) 2021. Conquistaram uma prata, quatro bronzes e oito menções honrosas. O feito foi dos estudantes Joabe Xavier Silva, Izabely de Nazaré Silva Ferreira, Letícia Kamille Vidal Gomes, Lívia Helena Vidal Gomes, Nicole Oliveira Pinheiro, Samila Valesca Cavalcante Lima, Clara Taboada Vernaschi Steinmetz, Evellyn Gabrielly Sobrinho Sousa, Kaio Santana da Silva.

A ONC é uma competição realizada em duas fases pela Universidade Federal do Piauí (UFPI) com o apoio do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI). Trata-se de um programa da Associação Brasileira de Química (ABQ), Departamento de História da UNICAMP, Instituto Butantan (IB), Sociedade Astronômica Brasileira (SAB), Sociedade Brasileira de Física (SBF).

Para a estudante do curso Técnico Integrado em Edificações do IFPA campus Santarém Nicole Oliveira Pinheiro, participante pela primeira vez nesta olimpíada, a edição 2021 da ONC foi maravilhosa. Ela conquistou medalha de bronze. Aponta que a prova em si é muito boa, bem estruturada e organizada e não gera nenhuma dúvida na hora da resolução. “Tudo isso me fez gostar ainda mais da ONC. Você nunca vai saber quantas questões serão de cada área. Então, quando abrir a prova, vai se deparando com perguntas muito variadas. Fica aquela sensação de ansiedade em saber qual será a próxima pergunta. É muito legal”, comenta.

Por abranger vários assuntos – Astronomia, Química, Física, História e Biologia –, a ONC exige do estudante mais tempo de preparo. Para ter êxito, é preciso estudar para a primeira e segunda fase ao mesmo tempo. Na segunda fase são questões discursivas que exigem ainda mais conhecimento. “Tive muito apoio da professora Graciana. Ela se dispôs a estudar comigo todos os dias para que eu tivesse um bom resultado. Agradeço muito a ela por isso e fico feliz de ter conseguido essa medalha. O resultado mostra que todo nosso esforço valeu à pena”, avalia Nicole.

É muito gratificante o sentimento de que se adquiriu mais conhecimentos e ver seu esforço ser reconhecido, garante Nicole. “Os jovens têm o dever de compartilhar o conhecimento científico que é a base para o avanço do nosso país e para o avanço mundial. E quanto mais jovens e crianças mergulharem nesse mundo de experiências, conquistas, mudanças e ciência, maior será o desenvolvimento populacional e social da humanidade”, pensa Nicole.

Professora Graciana dos Santos de Sousa relata que no início do projeto das olimpíadas do conhecimento, em particular, da Olimpíada Brasileira de Astronomia (OBA) e Mostra Brasileira de Foguetes (MOBFOG), trabalhava com um pequeno grupo de alunos do Campus Santarém para mostrar que o tempo, o esforço e a dedicação poderiam trazer resultados para além das olimpíadas. E ela percebeu que isso de fato aconteceu. Por meio deste trabalho, seu campus conseguiu ultrapassar os limites da escola e levou oficinas e minicursos de Astronomia e Astronáutica para escolas em Santarém, Belterra, Zona Rural de Monte Alegre, Itaituba e Parauapebas (SICTI 2018). “Tivemos alunos com bolsa de iniciação científica, bolsistas em projeto de extensão e também voluntários. Desde que chegamos ao Campus Santarém, implementamos projetos de extensão para ensino, divulgação e popularização de Ciências”, afirma.

A Extensão foi um dos caminhos que o IFPA campus Santarém percorreu para garantir a participação dos alunos na olimpíada. Professora Graciana explica que é uma oportunidade para trabalhar com a OBA e a MOFOG, assim os alunos bolsistas e/ou voluntários se tornaram os principais divulgadores e incentivadores dentro e fora do Campus.

Incentivar a participação dos alunos por meio de nota garantia grande adesão às olimpíadas, relembra Graciana. No entanto, a professora avaliou e percebeu que esta não era a metodologia ideal. Então reformulou a proposta e, hoje, o número de participação é menor, mas possibilita ao estudante focar no trabalho de preparação. “Na edição da OBA e MOBFOG 2021, promovemos minicursos e oficinas de forma remota. Conseguimos atender alunos do Pará, Ceará, Minas Gerais e outros”, destaca professora Graciana.

As olimpíadas do conhecimento são mais do que uma busca por premiação, elas podem possibilitar uma preparação para a vida desses estudantes, explica os professores que coordenaram alunos nesta edição da ONC. A participação em uma olimpíada requer dedicação, disciplina, organização, foco e autonomia para desenvolver novas habilidades e aprender de fato. “Não podemos esquecer que a conquista de medalhas pode ser um incentivo ao futuro acadêmico e profissional deles. Essa é a primeira participação do campus Santarém na ONC e já temos uma estudante medalhista, Nicole Pinheiro. Para a segunda fase da ONC, estudamos Física e Astronomia. Nicole participa de um projeto para levar Astronomia e Astronáutica para crianças numa perspectiva de Inclusão e Diversidade. Para as demais matérias, ela aproveitou o conhecimento adquirido em sala de aula, além de ser autodidata”, relembra professora Graciana.

Medalhistas e orientadores do IFPA na ONC 2021

Campus Belém:

Orientador: Rosevane Lima Monteiro

BRONZE

Izabely de Nazaré Silva Ferreira        

MENÇÃO HONROSA

Rennan Negrão Ascenção     

Felipe Bryan Guedes Fonseca De Melo        

Davi Domingos Dos Santos Pereira   

Wander Gabriel Maciel Da Costa       

Campus Paragominas:

Orientador: Prof. Paulo Roberto Gomes

BRONZE

Letícia Kamille Vidal Gomes

Lívia Helena Vidal Gomes

Campus Parauapebas:

Orientador: Ludnilson Antônio de Jesus Pereira

PRATA

Joabe Xavier Da Silva

MENÇÃO HONROSA

Samila Valesca Cavalcante Lima

Clara Taboada Vernaschi Steinmetz

Evellyn Gabrielly Sobrinho Sousa

Kaio Santana Da Silva

Campus Santarém:

Orientadora: Profa. Graciana dos Santos de Sousa

BRONZE

Nicole Oliveira Pinheiro