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Livro resgata história paraense retratada em pinturas de 1905-1908

  • Publicado: Terça, 19 de Abril de 2022, 15h01
  • Última atualização em Terça, 19 de Abril de 2022, 15h05
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A história do Pará republicano e sua inserção no cenário nacional é tema do livro “História e Narrativa Visual na Tela a Conquista do Amazonas de Antônio Parreiras (1905-1908)” lançado no dia 13 de abril, no Teatro Margarida Schivasappa – CENTUR. O evento foi organizado pela Fundação Cultural do Pará e contou com a participação de várias personalidades, escritores e convidados, dentre os quais o diretor da Fundação Cultural do Estado do Pará (FCP), Guilherme Relvas e Neila Lima.

O livro é de autoria do professor do Instituto Federal do Pará (IFPA) campus Belém Raimundo Nonato de Castro, coordenador do curso de Licenciatura em História do Campus Belém, líder do grupo de Pesquisa História e Ciência do Tempo na Amazônia e autor de outra obra paraense de cunho histórico “O lápis endiabrado”. Aborda os elementos republicanos de construção de uma pedagogia cívica capaz de inserir os alfabetizados e analfabetos nas festas da República brasileira, permitindo que os homens, mulheres, crianças, jovens e adultos, do início do século XX, pudessem se sentir parte do novo modelo político vivido no Brasil.

A publicação é resultado do Prêmio concedido pelo Governo do Estado do Pará, via Fundação Cultural do Pará, por meio do edital Prêmios Literários – 2018 - na categoria Ensaio. O trabalho é fruto da dissertação de mestrado defendida pelo Programa de Pós-Graduação em História Social da Amazônia. O livro aborda a temática da história da Arte, da República brasileira e paraense.


 

O professor explica que o livro é importante porque dialoga sobre a história de um momento em que o caráter nacional ocupa novamente espaço na política brasileira. A pesquisa ajuda a compreender a forma como o cenário político brasileiro e paraense estavam em sintonia, dentro do processo de construção das simbologias nacionais. O autor, discute a vinda à Belém do pintor fluminense Antônio Parreiras. Que esteve na capital do Pará no apogeu da economia da borracha. Em 1905 o pintor chega para apresentar uma série de quadros pintados no Rio de Janeiro, foi recepcionado por várias personalidades, entre as quais o Intendente de Belém Antônio Lemos e o governador do Pará Augusto Montenegro que ofereceu o Foyer do Teatro da Paz para a realização da exposição.

A obra é resultante de pesquisas em um vasto material bibliográfico, em periódicos da época, álbuns de fotografia e farto acervo museológico. Deste modo, foi possível realizar o percurso do pintor Parreiras, como a sua chegada no Pará e as várias encomendas que recebeu, dentre as quais a tela a Conquista do Amazonas que pela sua importância seria capaz de construir um documento que marcasse “o nascimento do Pará”.

A tela foi entregue no ano de 1908 e permitiu aos observadores verem a história colonial do Pará, com a sua vasta extensão territorial, bem como verificar a importância da obra para a República brasileira que buscava construir a sua identidade rompendo assim com os resquícios do período imperial.

A História enquanto assunto de estado sempre ocupou lugar cativo nos gabinetes dos políticos e nas redações dos jornais, e por essa razão, este livro é um documento que permite entender a história do nosso tempo. Auxilia no debate sobre a importância da pesquisa de história e como ela pode ser construída de maneira interdisciplinar, se valendo de outras áreas do conhecimento como a arte e a história da arte. “Rico em detalhes, o quadro a Conquista do Amazonas remete o expectador ao período colonial. Vê-se na imagem uma identidade regional a qual marca o nascimento do Estado do Pará para além das fronteiras com os outros estados”, afirma o coordenador do Grupo de Pesquisa em História Social da Arte da Universidade Federal do Pará (UFPA), Aldrin Moura de Figueiredo, orientador do professor Raimundo, que esteve no lançamento do livro.

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