NOTA DE SOLIDARIEDADE AO POVO PARAKANÃ
Na tarde do dia 25 de abril, estudantes Parakanã e professores dos cursos de Agroecologia e de Magistério Indígena, ambos ofertados pelo Instituto Federal do Pará (IFPA) campus Rural de Marabá, foram surpreendidos com a chegada de um grupo de não indígenas (Tôria), que proferiam gritos, ameaças e obstruíram a entrada do Posto Taxakoakwera, na Terra Indígena Parakanã, às margens da BR-230 (Transamazônica). O motivo do conflito foi o suposto desaparecimento de três caçadores que teriam invadido a terra indígena.
Apesar de não haver provas de que os Parakanã possuíam responsabilidade sobre o desaparecimento, eles sofreram diversas ameaças por parte dos não indígenas. Ainda assim reuniram-se com os pais dos desaparecidos para entender a situação e se comprometeram a ajudar nas buscas. Mesmo abertos à escuta e dispostos a ajudar, os indígenas continuaram sendo tratados com hostilidade e acusações infundadas.
Diante do ocorrido o IFPA presta solidariedade ao povo Parakanã e defende que as terras indígenas continuem sendo preservadas e respeitadas. Vale ressaltar que a caça e a entrada de pessoas estranhas aos grupos indígenas são proibidas pela Lei 6.001/73, portanto, a entrada de caçadores nas terras indígenas se configura como ato ilegal de invasão, o que agrava ainda mais o tratamento preconceituoso, intolerante e violento sofrido pelos Parakanã, que se mostraram abertos ao diálogo pacífico e dispostos a resolver a situação.