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Estudantes do IFPA são premiadas na Feira Brasileira de Jovens Cientistas (FBJC) 2022

  • Publicado: Quarta, 29 de Junho de 2022, 16h32
  • Última atualização em Quinta, 30 de Junho de 2022, 14h00
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“Metodologias Aplicadas na Educação à Distância e no Ensino Remoto”, projeto de estudantes do campus Belém do Instituto Federal do Pará (IFPA), garantiu prata, pelo segundo lugar da área de Ciências Humanas, na 3ª edição Feira Brasileira de Jovens Cientistas (FBJC).  A feira, que é totalmente virtual, ocorreu entre os dias 23 e 26 de junho de 2022.

O feito foi de três jovens pesquisadoras integrantes do Núcleo de Pesquisa em Educação e Cibercultura (NUPEC) do IFPA campus Belém: Maria Vitória Brito (bolsista da Fundação Amazônia de Amparo a Estudos e Pesquisas do Pará - Fapespa), Wilma Beatriz Alves (bolsista Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico - CNPq) e Ana Beatriz Veiga (bolsista do Departamento de Pesquisa e Inovação do Campus Belém - DPI). Elas apresentaram o projeto, no dia 25 de junho, por meio de reunião via Google meet. E a premiação foi anunciada na segunda-feira, 27 de junho, por meio das redes sociais da FBJC.

O orientador das estudantes, o professor Breno Rodrigo de Oliveira Alencar, comenta que premiação como esta justifica o investimento em pesquisa na educação básica, sobretudo na área de Ciências Humanas. Além de ajudar a colocar o IFPA entre os nomes das instituições produtoras da iniciação científica no país com premiação de estudantes do ensino médio-integrado. “E revela a importância do projeto Meninas na Ciência formulado pela Proppg e que, com esta premiação, colhe seus primeiros frutos”, ressalta.

O projeto passou pelas três etapas da FBJC – maratona científica, votação popular, apresentação do trabalho em redes sociais para um painel na área de ciências humanas –. Na primeira etapa, as jovens puderam dialogar e trocar experiências com outras pesquisadoras. E na última apresentaram o projeto para uma banca. O professor Breno Alencar explica que este projeto do IFPA campus Belém é resultante das ações desenvolvidas pelo (NUPEC) e as jovens ainda devem apresentar um Relatório Final de Pesquisa e inscrever o trabalho no Seminário de Iniciação Científica que deve ocorrer no segundo semestre deste ano. Elas poderão, também, submeter a publicação de artigos em periódicos nacionais e internacionais. “É um projeto de grande envergadura realizado com bastante critério e muita disciplina, uma vez que envolve além delas mais cinco bolsistas e que tem como base a revisão bibliográfica e a análise documental”, esclarece.

A pesquisa está no campo da pesquisa e dialoga com a extensão na medida em que muitos dos documentos utilizados pelas alunas em sua revisão bibliográfica são fruto da tradução de textos originalmente escritos em inglês menciona o professor Breno. “Esse trabalho de tradução é feito pelo Laboratório de Tradução do Núcleo de Pesquisa em Educação e Cibercultura”.

Apesar do feito, é tímida a participação do IFPA em feiras e eventos científicos. Com olhar realista, o professor Breno Alencar avalia que, para mudar este quadro, é preciso criar uma estrutura de incentivo e estímulo à participação dos estudantes e professores do instituto em eventos acadêmicos nos setores de pesquisa semelhantes à FBJC. “Participações como essa podem ser um passo importante para que possamos compreender que sem essa participação tudo que fazemos na pesquisa acaba ficando restrito aos nossos campi. A ciência deve servir a sociedade e a formação de cada vez mais cientistas na busca de soluções para nossos problemas coletivos”, assegura.

“As jovens começaram estudando o surgimento e desenvolvimento da Educação à Distância e sua apropriação pelas tecnologias digitais de informação e comunicação e chegou ao ensino remoto durante a pandemia mostrando como os conhecimentos obtidos com a aplicação da educação a distância foram ou não utilizados nesta modalidade de ensino. Para isso estudamos Relatórios Institucionais produzidos pelo Departamento Pedagógico do campus Belém e ouvimos a opinião de docentes e estudantes. O resultado foi assustadoramente negativo, mostrando que as instituições de ensino ainda estão muito longe de conseguir dar um uso pedagógico às novas tecnologias da comunicação”, pontua o professor Breno Alencar.

A estudante do segundo ano de Desenvolvimento de Sistemas Wilma Beatriz da Cruz Alves, 17 anos, comenta que soube da competição por meio do Professor Breno que teve orientandos participando da edição anterior da feira. Segundo ela, ele acreditava mais na capacidade delas do que elas mesmas e sempre se demonstrou disponível para ajudá-las a sanar dúvidas.  Ela avalia a FBJC como excelente. “O que lhe chamou mais a atenção foi a diversidade de projetos e principalmente essa ideia de ser um evento para jovens cientistas. É algo muito admirável, pois incentiva os jovens a caminhar em direção a esse lado da educação, da pesquisa. E nos mostra que nós também somos capazes de fazer pesquisa e de mudar o mundo, mesmo antes de nos tornarmos adultos”.

Wilma Beatriz pontua que a bolsa é um grande incentivo para os estudantes desenvolverem pesquisas e faz toda a diferença para publicações em eventos nacionais. “Ajuda para persistirmos na produção da pesquisa, até porque é um auxílio que podemos usar para comprar material que podem ser utilizados nessa produção”.

Maria Vitória resume como foi o projeto apresentado. “Falamos sobre a história da educação a distância até a aplicação do ensino remoto emergencial no Brasil e como esse ensino foi implementado, dando ênfase na aplicação dentro do IFPA - campus Belém. Neste trabalho procuramos entender se foi bem ou malsucedida, e quais foram os fatores que levaram a não dar certo, já que chegamos a esta conclusão”.

O evento “O Meninas na Ciência” foi o primeiro evento presencial em que o projeto foi apresentado. E, de acordo com as pesquisadoras, foi muito importante para compreenderem a relevância do trabalho que desenvolveram. “Na cabeça de quem está estudando o assunto há mais de um ano, o próprio projeto não parece ser tão interessante até ouvir a opinião do público, esse evento nos trouxe a oportunidade de trocar conhecimento com outras meninas presencialmente e observar o que é uma troca de conhecimento fora das telas, já que nos eventos online o público não reage tanto”.

“No dia da premiação, eu era a única que estava assistindo on-line e quando a nossa foto apareceu, o “Meninas na Ciência” acendeu na minha lembrança, pois eu vi as três. Três grandes mulheres iniciando a sua história. A nossa história, que um dia pode ser inspiradora assim como as histórias das convidadas do evento, foram para nós, eu tenho certeza que meus olhos brilharam ouvindo todas elas, brilhando com lágrimas também porque eu chorei muito, tanto de orgulho quanto de emoção por entender que o processo não é fácil e elas conseguiram. Essa representatividade é linda e eu tenho muito orgulho de estar começando a trilhar o meu caminho seguindo esses exemplos”, relembra orgulhosa Maria Vitória.

A estudante do 3º ano do curso Técnico Integrado em Telecomunicações, Ana Beatriz Miranda Veiga, 17 anos, acrescenta que o projeto aborda a história da educação a distância e a implementação das tecnologias digitais de informação e comunicação no ensino remoto emergencial no IFPA- campus Belém. Permite compreender como as metodologias empregadas foram falhas. Sobre o “Meninas na Ciências”, ela considera que o evento foi um momento crucial para garantir a medalha de prata na FBJC. “Foi um evento incrível, uma experiência inesquecível. Pude trocar informações e metodologias de pesquisa com outras meninas. O evento impulsionou a nossa trajetória acadêmica. Foi sobre representação feminina. Foi de longe o melhor evento que já participamos. Tivemos um start e entendemos a verdadeira importância do nosso projeto”.

IFPA fez bonito em outras edições da FBJC

Esta é a terceira vez que alunos do IFPA participam da FBJC. E a segunda vez que são premiados.  Os campi Ananindeua e Marabá Industrial chegaram à final da FBJC em 2020 com os projetos “Protótipo de óculos para deficientes visuais” e “Desenvolvimento de braço robótico controlado por Arduíno como aplicação de estratégia para o ensino interdisciplinar e inovação tecnológica”.

Naquele ano, o projeto “Desenvolvimento de Braço Robótico controlado por placa Arduíno como aplicação de estratégia para o ensino interdisciplinar e inovação tecnológica” de autoria dos estudantes do curso Técnico Integrado em Eletromecânica, do IFPA – campus Marabá Industrial, Sofia Pantoja Araújo e Marcus Feitosa Russi, orientados por Israel Peixoto Moraes, conquistou credenciais para participar da Feira de Tecnologias, Engenharias e Ciências de Mato Grosso do Sul (Fetecms) 2020 (online) por serem vencedores do Prêmio Estudantes Pesquisadores.

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