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IFPA ofertou seminário sobre carcinicultura na República dos Camarões

  • Publicado: Sexta, 15 de Dezembro de 2023, 18h25
  • Última atualização em Sexta, 15 de Dezembro de 2023, 18h25
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A convite da Embaixada da República dos Camarões, o Instituto Federal do Pará (IFPA) realizou um seminário sobre cultivo de camarões – carcinicultura – nas cidades de Edea e Ntui, no mês de novembro. Participaram das palestras diversos segmentos de profissionais tais como agricultores, piscicultores, empresários e políticos interessados no desenvolvimento do setor. 

A República dos Camarões é um país da África Central, no Golfo da Guiné. Foi colonizado por Portugueses que ao chegarem lá, no século 15, ficaram impressionados com a quantidade de camarões no rio Wouri. Foram eles que o renomearam de Rio dos Camarões e, mais tarde, o apelido seria o nome do país. Hoje, a República tem uma área total de 475.440 km² e litoral de 402 km. O país é aproximadamente 1,9 vezes o tamanho do Estado de São Paulo. Situa-se a uma altitude média de 667 metros acima do nível do mar. Conta com 10 ilhas. E faz limite com a Centráfica, Chade, República do Congo, Guiné Equatorial, Gabão e Nigéria. É um país equatorial com clima tropical, as temperaturas máximas variam de 28 a 42ºC graus. Nos meses frios, a média de temperatura cai para 18ºC à noite. Estes fatores associado ao fato de não ocorrer frio extremo é favorável para criação de camarões em cativeiros.

O professor do Campus Bragança, o engenheiro de pesca Euclides Pereira e Silva, por ter largo conhecimento sobre esta criação, foi o convidado a fazer as palestras. Ele viajou para a República dos Camarões em novembro e ficou no país por duas semanas. Euclides comenta que tomou conhecimento da existência deste país durante a Copa do Mundo de 1994, aos 8 anos. E logo o nome virou sinônimo do craque Samuel E’too. “Quando o convite da embaixada chegou, confesso que de início duvidei, após a real confirmação, comecei a pensar na coincidência entre o nome do país e o interesse das autoridades de lá quererem levar a cultura de criação de camarões para lá”.

“Posso sim afirmar que me senti em casa, apesar das diferenças, fui tão bem recepcionado, tão bem acolhido, que às vezes achava que estava no Brasil, acordava é claro quando as línguas inglesas e francesas eram pronunciadas”, recorda-se com carinho professor Euclides.

O seminário foi desenvolvido com a distribuição de cartilhas explicando o histórico e a situação atual da carcinicultura no Brasil; as principais espécies de camarões cultivadas, biologia e reprodução das espécies; larvicultura de camarões; eclosão de larvas; condições de cultivo; tipos de tanques; tipos de sistema; tipos de biofiltros; produção de alimento vivo; manejo alimentar e dos tanques; transporte de pós-larvas; pré-berçário / berçário de camarões; condições de cultivo; tipos de tanques para cada estágio de desenvolvimento; manejo; transporte de juvenis; manejo; crescimento final de camarões; tipos de sistemas; condições de cultivo; preparação e manutenção dos viveiros; enfermidades; despesca; processamento; comercialização; cultivos emergentes; boas práticas de manejo na carcinicultura e enfermidades; mercado de trabalho na Cadeia Produtiva do Camarão.

 O primeiro evento ocorreu em Edea, uma cidade localizada a 153 km da capital Yaounde e contou com cerca de 100 pessoas inscritas. E em Ntui, situada a 80,7 km da capital, umas duas horas de carro, o público foi de aproximadamente 80 pessoas. Ir de Edea para Ntui passa-se por Yaounde e a viagem leva cinco horas e trinta e seis minutos de carro próprio.

A Embaixada de Camarões assumiu os custos de passagens, hospedagem, alimentação e transporte do professor. No encerramento do seminário promoveu um jantar para os participantes. E já sinalizou que pretende assinar o acordo com IFPA para fazerem outras palestras e seminários no ano de 2024. “Camarões é um país com muito potencial para a Carcinicultura. As pessoas são muito empenhadas. Lá é possível desenvolver a criação marinha, quanto a continental de criação de camarões de água doce”.

 

Ao final dos seminários, o professor esteve com uma delegação de empresários brasileiros e da embaixada brasileira em Camarões. Fez questão de citar algumas pessoas que foram essenciais para a realização do evento: o embaixador da República dos Camarões, Martin Agbor Mbeng; o ministro conselheiro, Martial Tchenzette; o promotor de eventos, Alain Waha e o tradutor Mayi Stanislas. “É com sentimentos de saudades e agradecimentos que retorno ao Brasil”, expressou o professor Euclides.

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