SICTI & SIMIT 2018 | Estudantes do IFPA participam de oficina de construção e lançamento de foguetes

O evento aconteceu durante o X Sicti realizado na cidade de Parauapebas

Com o objetivo de divulgar a ciência, as áreas de astronomia, astronáutica e física, de forma descontraída e lúdica, uma das quatro oficinas ofertadas no X Seminário de Iniciação Científica, Tecnológica e Inovação (Simit),realizado pelo Instituto Federal do Pará (IFPA) no Campus Parauapebas, foi a“Oficina de base de lançamento e construção de foguetes”. A oficina era voltada a alunos do ensino médio a graduação.

Nesta edição do Sicti, os participantes puderam optar por uma das quatro oficinas ofertadas: “Método dos elementos finitos dos abaqus aplicado à análise estrutural”, ministrada pela professora Thabatta Moreira Alves de Araújo;  “Técnicas de ensaios não destrutivos aplicadas a juntas soldadas”, orientada pela professor Diego  Almir Silva da Silva; “Artemática: Explorando o potencial artístico da Matemática”, realizada pelo professor Dr. Glauco Lira Pereira e o estudante Herculano Rodrigues Fróes; e “Base de lançamento e construção de foguetes”, coordenada pela professora Graciana dos Santos de Sousa.

Em sala de aula, os estudantes foram organizados em equipes, integrando alunos de diversos cursos e campi, para confeccionar e montar as bases para lançamento de foguetes. Nesta etapa, foi utilizado basicamente cano de PVC e cola. Os foguetes foram feitos de garrafas pet, papel, braçadeiras, cola e criatividade. Antes de todos começarem os trabalhos, a professora apresentou um protótipo e repassou as orientações para cada grupo desenvolver o projeto do início ao fim.

Durante a oficina predominou a colaboração e a interação entre alunos de cursos diferentes empenhados na descoberta dos conhecimentos de astronomia e aeronáutica. Sobre esta atividade, o estudante do curso de Engenharia de Pesca no IFPA campus Castanhal, Natanael Nery Fonseca, 19 anos, fala que todos os estudantes deveriam participar. “Foi uma experiência muito importante fazer esta oficina de construção e lançamento de foguetes, pois permitiu sair da nossa rotina e nos permitiu aprender coisas novas. Eu curso Engenharia de Pesca, que não há nenhuma correlação direta com a Astronomia e Astronáutica. Mas, a oficina permite que tenhamos acesso ao conhecimento necessário para a confecção da base e do foguete, promovendo conhecimento fora do âmbito do nosso curso. Agora eu poderei repassar o que aprendi para os meus amigos e colegas que tenham interesse em aprender”, ressalta mostrando com orgulho o foguete que ajudou a construir.

A oficina ocorreu em duas etapas, na última quarta-feira, 19 de setembro, os estudantes aprenderam a construir as bases e os foguetes e, na última quinta-feira, 20 de setembro, tiveram a oportunidade de competir lançando os foguetes.  Como o lançamento de foguetes demandava muito espaço, foi feito às margens do lago no Bairro Nova Carajás. “Como esta oficina é uma introdução à Ciência, não há nada melhor do que começar com Astronomia e Astronáutica, que são multidisciplinares e interdisciplinares, contempla todos os cursos exigindo conhecimento de Matemática, Física e Química. Com ela provamos que a Ciência é para todos. Construir e lançar foguetes é um trabalho em equipe, não adianta só um da equipe trabalhar, todos devem estar atentos a todo instante por que enquanto um corta os materiais, o outro já está colando e o outro ajudando. Isso é da mesma forma no lançamento, um precisa firmar a base no chão enquanto o outro bombeia o ar”, avalia a coordenadora da oficina, a professora de Física no IFPA campus Santarém, Graciana dos Santos de Sousa.

O lançamento e a confecção de foguetes na opinião dos alunos foram momentos de grande descontração e que geraram muito interesse nos participantes. Construído totalmente com materiais recicláveis e de baixo custo, o desafio era seguir o projeto e construir um foguete para ser lançado com propulsão à ar. A estudante de Análise de Desenvolvimento de Sistemas no IFPA campus Itaituba, Marilurdes Ribeiro Santos, 25 anos, relata que foi uma boa oportunidade deste X Sicti. “Achei muito interessante, com conhecimentos muito diferentes da minha área de atuação, nunca tinha visto. Esta oficina de foguetes veio para ampliar nosso conhecimento e percepção. Eu me interessei em participar por que pretendemos fazer uma oficina igual lá no Campus, irei auxiliar professora que nos ajudou a construí-los”, comenta.

Lançamento de foguetes foi momento ímpar do X Sicti

No último dia de oficina, cada equipe encarou com imensa alegria o desafio de testar a qualidade do produto elaborado. Era a tão aguardada hora de verificar se conseguiria fazer a maior distância no lançamento dos foguetes. O lançamento ocorreu no parque localizado no Bairro Nova Carajás em Parauapebas, local providenciado pela organização do Sicti. Os estudantes foram levados até lá pelo ônibus do IFPA e a disputa começou por volta das 17hs.

O local era apropriado, tinha amplo espaço, recoberto por capim e sem construção. Como não estava ventando, céu limpo, tudo adequado para realizar o desafio. Os alunos desceram estrategicamente próximo ao lago, para facilitar a captação de água necessária para preencher os foguetes. Os lançamentos foram acompanhados por olhares atentos, muita expectativa e torcida. Cada um dos foguetes era preenchido com certa quantidade de água para ficar mais pesado. Depois de bem conectado à base, o espaço que sobrava foi completado com ar bombeado manualmente e, finalmente, cuidadosamente solto da base para fazer o voo. As equipes eram acompanhadas por celulares prontos para filmagem, gritos e salva de palmas e muita atenção para ver qual foi mais longe.

Após o último lançamento, os participantes foram conferir a distância atingida pelos foguetes. Com o auxílio de uma trena, a professora e os alunos constataram que a equipe composta por Marcus Gabriel Luz da Rosa, Hallana Silva Santos e Paulo Ribeiro Maia foi a vencedora. O foguete construído e lançado por eles percorreu 115 metros de distância. “Eu fiquei surpreso, não esperava. Foi muito bom participar desta oficina. Estamos felizes em ter ficado em primeiro lugar”, comenta Marcus.

Texto: ASCOM IFPA Reitoria