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Alunas do IFPA concorrem para representar o Pará no Parlamento Juvenil do Mercosul

Projetos de quatro estudantes disputam a vaga do estado na delegação brasileira no parlamento internacional sobre educação. Votação será on-line, apenas para alunos do Ensino Médio.

  • Publicado: Quarta, 07 de Novembro de 2018, 20h09
  • Última atualização em Quarta, 07 de Novembro de 2018, 20h21
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Quatro projetos elaborados por alunas do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Pará (IFPA) foram aprovados pelo Ministério da Educação para avançar à segunda etapa do Parlamento Juvenil do Mercosul 2018, espaço criado para debater as políticas educacionais dos países que formam o bloco. A representante do Pará, que comporá o parlamento por dois anos (2019-2020), será escolhida por votação on-line no site www.pjm.mec.gov.br de 19 a 23 de novembro.

 

As alunas que estão participando da votação são Giselly Corrêa Barata, do IFPA campus Bragança, Graziele Everton dos Santos, do campus Paragominas, Enza Yasmin Melo Lima, do campus Breves, e Yasmin Luna de Sousa Vieira, do campus Belém. A plataforma disponibilizará o perfil e o conteúdo das propostas, para que alunos do Ensino Médio com idades entre 14 e 18 anos possam escolher a sua representante.

 

O projeto de Giselly Corrêa, que contou com a orientação do professor Arthur Boscariol, propõe medidas para reduzir os índices de evasão escolar, a retenção de estudantes e as reprovações, usando como base a realidade do Campus Bragança. As ações complementariam as que já são desenvolvidas pelo campus, como a concessão de auxílios via Assistência Estudantil e os ciclos de nivelamento, que precedem o início das aulas do ensino médio integrado.

 

A estudante propõe a implementação de atividades de reforço semanais nas áreas onde forem identificadas as maiores dificuldades, em horários de contraturno e com a participação de professores e monitores discentes voluntários. O projeto propõe também o acompanhamento dos alunos que não atingirem os resultados mínimos para o bom aproveitamento dos cursos, com a aplicação de avaliações diagnósticas a cada cinco semanas.

 

“Meu projeto foi elaborado a partir da problemática da evasão escolar. Refleti sobre como a evasão prejudica o direito a educação de jovens brasileiros e como isso é alarmante no ensino médio, assim, previ soluções simples para amenizar este grande problema que nosso sistema educacional enfrenta”, explica Giselly. A aluna ainda fala sobre a experiência de fazer parte da seleção: “Foi uma imensa alegria ter meu projeto selecionado no Parlamento Juvenil do Mercosul e saber que as outras candidatas também são dos Institutos Federais.  Representar os jovens que sonham e acreditam na educação é um desejo e acredito que todas temos condições para isso”.

 

Do Campus Breves, a aluna Enza Lima apresentou o projeto “A internet como ferramenta de integração para os alunos do ensino médio”, orientada pelo Professor Dérick Cunha. O projeto visa a implantação ou ampliação de um espaço escolar equipado com computadores e acesso à internet, acompanhado de profissionais capacitados, o que ajudaria gradativamente no desempenho dos alunos, melhorando o aprendizado tecnológico e capacitando-os para a vida acadêmica.

 

Das cinco instituições públicas de Ensino Médio que existem em Breves, apenas uma possui um espaço equipado com computadores com acesso a internet para pesquisas e realizações de trabalhos escolares. Para entender a necessidade dos alunos das cinco instituições de ensino e subsidiar o projeto, a aluna aplicou um questionário online intitulado “O Ensino Médio e a Internet” e constatou que cem por cento dos que responderam ao questionário ressaltaram a importância de um espaço destinado às pesquisas escolares com acesso à internet para melhor desempenho escolar.

“A ideia surgiu a partir das dificuldades que o Marajó apresenta, o parlamento do Mercosul tem como tema central desse ano o Ensino Médio que queremos e, como sabemos, o Ensino Médio da cidade de Breves é muito carente, então foi através dessa perspectiva que eu criei meu projeto. O principal objetivo do projeto é poder proporcionar aos alunos um espaço adequado pra que eles possam acessar suas pesquisas educacionais, porque como sabemos, na maioria das escolas não existe esse espaço, ou é insuficiente ou inadequado”, conta Enza Lima.

Sob a orientação da Professora Kátia Santos, a aluna Graziele dos Santos desenvolveu o projeto “Minorias Sociais e a Declaração Universal dos Direitos Humanos: Direito a ter Direitos”. O objetivo do projeto é divulgar os princípios da Declaração Universal dos Direitos Humanos, para isso, os alunos criariam um site com textos, vídeos, enquetes, pesquisas, informações de utilidade pública e relatos de experiências, que visem promover o conhecimento dos nossos direitos e a importância desta Declaração, no sentido de valorizar a diversidade cultural, a pluralidade de pensamento e o respeito à diferença.

Através de oficinas, ministradas pelos professores, os alunos terão contato com a temática da Declaração. Dessa forma, é possível dinamizar e facilitar o aprendizado de pessoas que ainda não tiveram a oportunidade de conhecerem seus direitos básicos, assim formando jovens conscientes e multiplicadores de seus direitos. “A ideia do projeto surgiu a partir da percepção da desigualdade social e como o ambiente escolar é um reflexo da sociedade, nele também encontramos a intolerância, o desrespeito às diferenças sociais, bullying e violência simbólica. É necessário considerar que a divulgação da Declaração Universal dos Direitos Humanos e de sua importância é um dos fatores que garantirá a superação das desigualdades sociais. Por isso decidi fazer o projeto em cima desta problemática”, explica Graziele.

O protagonismo juvenil é o foco do projeto desenvolvido pela aluna Yasmin Vieira, do Campus Belém, sob a orientação da professora Kirla Anderson. Ela conta que a ideia surgiu a partir de uma dificuldade vivenciada em escolas anteriores. “Hoje eu tenho a oportunidade de estudar em um Instituto Federal, com professores doutores e mestres, que através de projetos com temas muito importantes sobre a realidade vivida, aumentam a criticidade e conscientização de cada estudante. Mas nem sempre foi assim, estudei o ensino fundamental em escolas públicas municipais e estaduais e via muitos problemas de incentivo a esses projetos, além disso, os professores não tinham liberdade de ter aulas dinâmicas ou interativas. Ao saber sobre o Parlamento Juvenil Mercosul, vi a oportunidade de expor uma das minhas ideias para melhorar o ensino estudantil nessas instituições”, relata a estudante.

O projeto viabiliza trazer questionamentos e soluções que possibilitem o fortalecimento do protagonismo juvenil nas escolas públicas do Pará, mais especificamente em Belém, através de rodas de conversa com a coordenação, a administração e o corpo estudantil, para que possam ser levantadas as problemáticas daquela instituição e sejam traçadas metas para buscar minimizar ou até solucionar os problemas decorrentes às dificuldades de aprendizado vivenciadas. “Com isso, os alunos terão liberdade pra se expressar e levantar projetos que possam melhorar o ensino na sua instituição, o que pode se refletir no fortalecimento do seu senso crítico, sendo assim, esses alunos poderão ser principal fonte de mudança positiva na instituição”, defende Yasmin.

Para saber mais sobre o Parlamento Juvenil do Mercosul, conhecer os projetos participantes e participar da votação, acesse o site http://pjm.mec.gov.br/ .

 

 

 

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