Ir direto para menu de acessibilidade.
Brasil – Governo Federal | Acesso à informação
Página inicial > Últimas Notícias > Atuação em Empresa Júnior passa a ter valor de estágio obrigatório
Início do conteúdo da página
Últimas notícias

Atuação em Empresa Júnior passa a ter valor de estágio obrigatório

IFPA incentiva os campi, por meio dos gestores de extensão, criar ambientes e projetos que deem retorno à sociedade onde os campi estão inseridos

  • Publicado: Terça, 20 de Novembro de 2018, 15h52
  • Última atualização em Terça, 20 de Novembro de 2018, 15h55
imagem sem descrição.

 

A criação e funcionamento de Empresas Juniores nos campi foi um dos temas apresentados e debatidos durante o Fórum dos Gestores de Extensão promovido pela Pró-reitoria de Extensão (Proex) do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Pará (IFPA). Estas empresas serão fundamentais para a prática profissional dos estudantes de graduação, essenciais para o cumprimento de estágio supervisionado por parte dos alunos dos cursos técnicos e para a complementação do processo de ensino aprendizado de ambos os cursos. A apresentação desta temática ocorreu na tarde da sexta-feira, 9 de novembro, no auditório do Centro de Educação a Distância (Ctead), situado na Reitoria do IFPA.

A Diretora de Extensão do IFPA, Suezilde da Conceição Amaral Ribeiro, esclareceu que a Empresa Júnior deverá desenvolver atividades relacionadas ao campo de abrangência de pelo menos um curso de graduação, vedada as práticas político-partidária, religiosa ou discriminatória.  “A Empresa Júnior visa criar um ambiente de natureza acadêmica, social e ética, sem fins lucrativos. Na área de empreendedorismo, deve proporcionar aos membros a oportunidade de se inserir na prática profissional, podendo ser considerada a carga horária para fins de contagem de estágio obrigatório ou como componente curricular de extensão, desde que esteja previsto no Projeto Pedagógico do Curso (PPC). Deve proporcionar aos membros as condições necessárias para a aplicação prática dos conhecimentos teóricos referentes à respectiva área de formação profissional, dando-lhes oportunidade de vivenciar diversas experiências no mundo de trabalho em caráter de preparo para o exercício da futura profissão, sempre aguçando o espírito crítico, analítico e empreendedor. Deve dar subsídio para criação de empregos e negócios de maneira inovadora, estimulando a pró-atividade no mercado do trabalho e mundo produtivo. A Empresa Júnior servirá também de espaço para o aperfeiçoamento do processo de formação dos estudantes, dos profissionais de nível superior e de nível técnico do IFPA, complementando o processo de ensino, pesquisa-inovação e extensão”, ressalta.

A política de Empresas Juniores foi aprovada pela Resolução nº 225/ 2018, em 19 de outubro de 2018, pelo Conselho Superior do IFPA. É a primeira política que abrange a área de empreendedorismo e aproxima os alunos do mercado de trabalho e do mundo produtivo ainda no âmbito escolar. “Inserir a prática profissional enquanto ele ainda é aluno de graduação é um passo importante, principalmente no que se refere à questão do envolvimento deste aluno com a sociedade. A Empresa Júnior poderá proporcionar a este aluno o olhar da ética profissional, da responsabilidade e do compromisso. Começa-se a formar valores e a ética não só profissional, mas cidadã. Cria-se a chance que faltava para este aluno colocar em prática uma ideia que muitas vezes é tolhida no meio acadêmico. Ele poderá aprender a abrir a própria empresa, pensar na abertura de uma startup ou de um empreendimento, a venda de um produto que ele já comercializa muito timidamente e colocar isso em prática no mercado com a ajuda de um professor habilitado na área. Até o próprio curso será beneficiado com isso, porque a gente acaba conseguindo uma experiência que a academia não nos dá. E, muitas vezes, a gente deixa o aluno muito dentro de sala de aula, acaba esquecendo a pesquisa e a extensão pelo viés do empreendedorismo. Cabe ressaltar que as regras e práticas que serão executadas dentro da Empresa Júnior serão definidas pelo colegiado. Cabe ao colegiado avaliar o desempenho deste profissional que está trabalhando dentro da empresa junto do curso, verificando se estas práticas são as ideais. O professor orientador será escolhido pelos alunos”, esclarece Suezilde.

O empreendedorismo faz parte das atividades estabelecidas pela Política de Extensão. Os participantes deste Fórum têm a missão de levar estes conhecimentos e estimular os alunos em seu campus a formar uma Empresa Júnior desde que eles tenham esta expertise. Suezilde comenta que muitos alunos têm este potencial empreendedor, mas, muitas vezes, eles têm medo de entrar e se arriscar porque eles não experimentaram isto na universidade. A partir da publicação da Resolução 225/2018, ele terá esta oportunidade antes de sair do IFPA, sendo resguardados por uma política específica - a Política de Empresas Juniores. 

A estudante do IFPA, Campus Castanhal, Maria Alessandra Gusmão da Rosa, fez questão de participar do Fórum dos Gestores de Extensão para sanar dúvidas sobre a criação e funcionamento da Empresa Júnior. “A Empresa Júnior em nosso Campus já está no papel, queremos colocá-la para funcionar. Então, foi importante estar aqui hoje para ter mais informações de como a gente deveria agir. Consegui esclarecer todas as minhas dúvidas sobre o estatuto, tramitação do processo dentro do IFPA, como providenciar o CNPJ e sobre o auxílio do IFPA para com a Empresa Júnior. Gostei muito da palestra da professora sobre o assunto, ficou tudo mais claro agora”, afirma Maria Alessandra.

A Resolução 225/2018 está disponível no site da Proex, na aba de documentos. É um conteúdo indispensável e de leitura obrigatória aos interessados em abrir uma Empresa Júnior no IFPA. As Empresas Juniores só poderão ser gerenciadas e formalizadas por alunos de graduação. É permitida a participação de alunos dos cursos técnicos apenas enquanto estagiários, desde que previsto no Plano Curricular do Curso. “Por exemplo, se eu tenho um curso de Agronomia e outro de Técnico em Agropecuária, em que os alunos participem da Empresa Júnior, ambos poderão vivenciar o dia a dia da empresa. Os técnicos terão contatos com os de curso superior e trocarão conhecimentos sobre as áreas de abrangência da graduação, poderá verificar se pretende mesmo atuar neste campo, verificando se realmente é o que pretende seguir. E poderá, com mais segurança, ingressar na graduação e depois, quem sabe, até cursar uma pós-graduação”, enfatiza Suezilde.

 

Confira a Resolução 225/2018 aqui.

Veja fotos do evento aqui.

Assista à gravação do evento aqui.

 

 

Texto: ASCOM IFPA Reitoria

registrado em:
Fim do conteúdo da página