Ir direto para menu de acessibilidade.
Brasil – Governo Federal | Acesso à informação
Página inicial > Últimas Notícias > Mulheres são tão capazes quantos os homens
Início do conteúdo da página
Últimas notícias

Mulheres são tão capazes quantos os homens

Qualquer um pode ser cientista se tiver estímulo, incentivo e informação

 

  • Publicado: Terça, 19 de Fevereiro de 2019, 21h31
  • Última atualização em Terça, 19 de Fevereiro de 2019, 21h31
imagem sem descrição.

 

Fórmulas, agentes, catalisadores, reagentes, soluções e misturas fazem parte da rotina de Biatriz e Letícia. As duas são alunas do IFPA Campus Belém e apaixonadas pela Química. Em mais uma matéria da série Mulheres e Ciência, conheça um pouco da história dessas jovens pesquisadoras.

Biatriz Ferreira de Moraes tem apenas 23 anos, mas já traz no currículo uma experiência e tanto. Tudo começou no curso de Licenciatura em Química: “Lembro nitidamente quando um professor foi divulgar na sala a possibilidade de participar de grupos de pesquisa. Fiquei encantada em poder ser ‘pesquisadora’”, recorda.

E ela “tomou gosto” pelo assunto. Fez parte de grupos de pesquisa em Química Computacional (professor Ricardo Miranda), Físico-Química (professora Patrícia da Luz) e Química Orgânica (professora Solange Correia). “Tinha bolsa e passava o dia inteiro no IFPA, em sala de aula ou nos laboratórios”, afirma.

Para seguir essa rotina puxada, ela contou com o apoio dos pais e da irmã, grandes incentivadores. Em sala de aula, Biatriz garante que nunca sofreu preconceito por ser mulher, “no máximo, um desconforto”. E completa: “somos tão capazes quanto os homens. O que falta é estímulo, incentivo e informação. É importante que os estudantes – sejam meninas ou meninos – saibam que qualquer um pode ser cientista, pesquisador. Basta querer!”

Biatriz quer muito. Logo que se formou, passou no mestrado em Engenharia de Materiais, também no IFPA Campus Belém. E, se depender dela, os estudos não vão parar tão cedo: “Quero fazer doutorado em Química, na Unicamp ou na Universidade de São Carlos. Meu objetivo é seguir a carreira acadêmica e ser uma professora-pesquisadora”.

Biatriz Ferreira de Moraes

 

Futura médica - Esse também é o sonho de Letícia Sofia Lima Rezende, 17 anos, aluna do 2º ano do curso técnico em Química. “Meu primeiro contato com a química foi no 9º ano, de forma superficial. Somente quando cheguei no IF, me apaixonei pelo assunto. O fato de termos professores muito preparados, com mestrado e doutorado, acaba nos estimulando. Eles são fundamentais no nosso processo de aprendizagem e de pesquisa, afinal, nossa relação com a química é muito teórica e a prática nos faz entender muito melhor todos os processos”.

Atualmente, Letícia integra o grupo de pesquisa de análise do açaí, coordenado pelo professor Rogilson Porfirio. Já participou de olimpíadas, congressos e eventos. Na Olimpíada Paraense de Química (OPAC) de 2018, por exemplo, foi medalhista de ouro; no Congresso Brasileiro de Química, realizado em São Luís, também ano passado, participou da maratona de química e ficou em quarto lugar.

Em sala de aula ou no laboratório, a jovem pesquisadora não percebe nenhum tipo de diferenciação entre meninos e meninas. “Ao contrário, nossa turma é muito unida”, avisa. Em casa recebe o total apoio dos pais. “Mesmo sem ter graduação, eles sempre me incentivaram a ler. E minha mãe é uma ‘pesquisadora amadora’. Gosta de fazer chás com plantas, busca informação sobre produtos naturais etc.”

Para o futuro, Letícia tem muitos planos. “Meu sonho é fazer medicina, pediatria ou cardiologia, mas não quero abandonar a pesquisa. O conhecimento que tenho em Química poderá me ajudar, por exemplo, a escolher os melhores medicamentos para cada caso e ainda entender as reações que esses remédios poderão causar ao paciente”. Até lá, no entanto, é preciso estudar muito. “Além das aulas, preciso fazer relatórios sobre os projetos de pesquisa e agora, me preparar para o Enem também”.

 

Letícia Sofia Lima Rezende

 

 

registrado em:
Fim do conteúdo da página