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Alunos do IFPA aprendem a usar plataforma BIM através da gamificação

  • Publicado: Segunda, 13 de Julho de 2020, 23h46
  • Última atualização em Terça, 14 de Julho de 2020, 17h52
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Imagine usar jogos no processo de ensino e aprendizagem. Essa é a proposta de uma pesquisa que está sendo aplicada em alunos do Instituto Federal do Pará (IFPA), nos campi Marabá Industrial, Belém e Santarém. Trata-se do Play BIM, uma plataforma composta por objetos de ensino/aprendizagem, com características de jogos, que tem o objetivo de proporcionar um maior aprendizado da metodologia BIM (Building Information Modeling). O projeto de gamificação faz parte da pesquisa desenvolvida no doutorado em Arquitetura do professor do Campus Industrial de Marabá, Roberto Macedo.

O BIM é como uma construção virtual em que um modelo tridimensional gerado em computador, com todas as informações geométricas e não geométricas, representa com exatidão uma edificação que será construída no mundo real. A ferramenta está presente em todo o ciclo de vida de uma edificação, desde o projeto, passando pela construção, até a sua fase de manutenção, antecipando erros que muitas vezes só são percebidos dentro do canteiro de obra.

O decreto nº 9.377 de 17 de maio de 2018 estabeleceu estratégias para a disseminação do BIM no Brasil, a meta é que até 2028 toda obra pública do Governo Federal deve ter o projeto, a construção e a manutenção pautadas na metodologia BIM. “Durante esse período de implantação no mercado profissional de arquitetura, engenharia e construção, o ensino do BIM vem sendo, de certa forma, pouco realizado dentro das instituições de ensino superior e técnico. A maioria das ações estão ligadas a pesquisas de mestrado e doutorado que procuram utilizar a metodologia BIM em nível acadêmico. É diante deste cenário de carência de ensino da metodologia BIM nos cursos de graduação em arquitetura e de engenharia e de técnico em edificações, que surge o Play BIM”, conta o professor Roberto Macedo.

A plataforma Play BIM tem aplicações como Desafios de modelagem em softwares BIM, Jogo BIM3C que apresenta o fluxo de trabalho em projetos colaborativos em BIM, Quebra-cabeça virtual que permite o desenvolvimento do modelo de coordenação para a compatibilização de projetos em BIM e Jogos de enigmas que estimulam o desenvolvimento de uma base teórica mais consistente. O Play BIM apresenta desafios individuais, algumas situações de competição e muitas atividades colaborativas entre os usuários.

“O jogo tem esse poder de fazer a gente se engajar nele, esquecer o que está fazendo e focar nele, seja em esporte, jogo de tabuleiro ou virtual. Quando as pessoas estão jogando elas tendem a se concentrar naquilo que estão realizando e ficam totalmente focadas e a gamificação tem justamente o objetivo de pegar essas mecânicas de jogos e trazer para uma atividade de dia a dia das pessoas. Tem muita gente estudando a gamificação aplicada aos estudos para motivar o aluno a se engajar em uma determinada atividade”, explica Roberto Macedo.

O método foi aprovado pelos alunos que estão participando da pesquisa. “O game está ajudando bastante no meu aprendizado. Apesar de até agora eu só ter feito o primeiro desafio, já deu para aprender muita coisa”, conta o estudante de Edificações, do Campus Belém, Carlos Eduardo Araújo. “É um meio muito interessante de aprender, através de desafios e jogos, isso facilita o entendimento. A gamificação com certeza ajuda no aprendizado, porque faz com o aluno não veja o assunto como algo rotineiro do estudo, mas sim algo diferente, um meio diferente de obter conhecimento e aprender mais, então é muito produtivo utilizar gamificação no aprendizado”, defende Rafael Dantas, do curso de Engenharia Civil do Campus Santarém.

No momento, o projeto está realizando as duas últimas fases de levantamento de dados, em que a plataforma é aplicada com alunos do IFPA do curso técnico em Edificações dos campi Belém, Santarém e Marabá Industrial e do curso de Engenharia Civil do IFPA Santarém e da Universidade Federal do Sul e Sudeste do Pará (Unifespa). Serão criados perfis do Play BIM nas redes sociais para mostrar o que está sendo feito e incentivar outros alunos a participarem dos desafios propostos.

“A minha experiência com Play BIM está sendo muito boa porque eu estou conseguindo conhecer o software que vai facilitar muito a minha vida acadêmica e profissional, quando eu já estiver formado”, afirma Rafael Dantas. Daniel Velasco também está satisfeito com os resultados do jogo: “A atividade visa ensinar e aplicar conhecimentos relacionados ao BIM. Algo muito importante para nós alunos, visto que muitos pretendem seguir carreira na área da construção civil”, destaca o aluno de Edificações do Campus Belém.

 

 

 

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